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Cidades
Terça - 10 de Fevereiro de 2015 às 22:51
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Única deputada eleita nesta legislatura da Assembleia Legislatura, Janaína Riva (PSD) além de representar as mulheres no Legislativo, terá também a missão de “defender a honra” do seu pai, o ex-deputado José Riva (PSD) que exerceu 5 mandatos consecutivos e esteve no comando da Mesa Diretora por 20 anos, mas ao sair da cena política tem sua gestão colocada em xeque e tornou-se alvo de várias acusações. Agora, diversas denúncias de mal uso do dinheiro público começam vir à tona.

Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, Janaína deixou claro que não vai permitir que seu pai seja apontado como o único culpado pelas irregularidades apontadas na Casa pela atual Mesa Diretora. Já foi divulgada a existência de funcionários fantasmas, supersalários de até R$ 71 mil e uma espécie de “cabide de empregos” funcionando na Casa com pelo menos 2 mil servidores.

De antemão, ela fez questão de mandar um recado ao atual presidente Guilherme Maluf (PSDB) e ao vice-presidente Ondanir Bortolini, o Nininho (PR). “Inclusive os 2 votaram nele [José Riva] para presidência da Assembleia, então, se a Casa era tão ruim assim, será que só eles só descobriram agora?”, cutuca a social-democrata. De acordo com ela, ambos votaram em Riva na legislatura passada e Guilherme Maluf também teria votado no deputado Riva em outras eleições.

“Até porque lá dentro da Assembleia a gente sabe o deputado Riva foi um deputado articulado, estrategista, ele é diferente, como ele não vai exisitir outro. Quando as pessoas falam que terminou uma era, realmente terminou uma era. Eu duvido que alguém dê conta de fazer tudo o que o deputado Riva fez lá dentro. A começar por uma casa que passa mais de 1,5 mil pessoas por dia”.

Ela lançou o desafio ao atual presidente e ao novo primeiro-secretário para que mantenham a média de atendimento de 1,5 mil pessoas na Assembleia, número que segundo Janaína, José Riva atendia diariamente. Ela disse que acha difícil isso acontecer pois na época de seu pai eram pelo menos 300 atendimentos diários feitos em seu gabinete, na Presidência da Casa.

Janaína enfatizou que é de praxe existirem críticas a ex-gestores depois que deixam os cargos. “É aquela máxima de que rei posto é rei morto. Depois que sai é hora de atirar pedras”, criticou. “É assim que funciona, infelizmente. Agora dizer que esses servidores não são essenciais para a Assembleia, quem foi ontem por á viu que não tinha servidores nem para servir água”, destacou. A deputada também saiu em defesa dos servidores ressaltando que não se pode deixar de lado, “jogar no lixo”, funcionários que sempre trabalharam com dedicação para servir aos parlamentares, servir ao povo e fazer a Casa funcionar.





Fonte: A Gazeta

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