Exonerações não passam de 'factóide'
Para o ex-presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), o anúncio do enxugamento dos gastos do legislativo, feitos pelo atual gestor da Mesa Diretora Guilherme Maluf (PSDB) não passam de ‘factóide’. Tudo isso porque o número real de funcionários exonerados após as recontratações já anunciadas pelo próprio Maluf corresponde apenas às pessoas que atuavam na presidência e primeira-secretaria da Casa e nos gabinetes dos ex-deputados que não se reelegeram. Dessa forma, as demissões ocorreriam mesmo sem a revisão do quadro de servidores.
Conforme as exonerações publicadas no Diário Oficial que circulou nesta segunda-feira (09), foram demitidos 858 funcionários comissionados na Assembleia. Deste total, no entanto, quase 600 servidores devem ser recontratados após análise das funções e da ‘utilidade’ de cada um. Feito isso, de acordo com o presidente, a folha de pagamento deve passar de R$ 10 milhões para R$ 7 milhões mensais.
Este valor, todavia, também é contestado por Romoaldo, que garante que a Assembleia gasta, pelo menos, R$ 13 milhões por mês com o pagamento de salários. “Eu concordo em reduzir gastos, mas não em criar factóides sobre a Mesa Diretora anterior. Se vão passar informações, que passem informações corretas”, criticou o peemedebista.
Sobre a existência de “funcionários fantasmas” e “marajás” no Parlamento, Romoaldo negou. Ele ressaltou que não houve casos semelhantes durante os 16 meses em que esteve no cargo, tão menos ao suposto pagamento de ‘supersalário’ a um servidor, que chega a R$ 71 mil.
“Esse servidor pode ter recebido o pagamento de férias e também da URV, que a Assembleia estava pagando por uma determinação judicial. Além disso, deve se tratar de um concursado porque, de fato, eles têm salários muito bons. A Assembleia paga bem seus servidores. E eu posso garantir que, durante a minha gestão, ninguém recebeu salário morando nos Estados Unidos”, explicou.
A comissão esteve reunida com Maluf na semana passada e deve esperar até a próxima quinta-feira (12) por uma resposta do tucano. Caso haja uma negativa da Mesa Diretora quanto ao pleito, o grupo vai ingressar com uma ação judicial cobrando a prorrogação do concurso.
*Informações do Jornal A Gazeta
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