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Cidades
Quarta - 04 de Fevereiro de 2015 às 11:00
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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A empresa JBS/Friboi suspendeu o abate e concedeu férias coletivas em duas unidades de processamento de carne bovina nos municípios de Colíder e Diamantino, em Mato Grosso. As férias terão início entre a próxima sexta-feira (5) e o dia 18 de fevereiro.

A JBS justificou o recesso pela necessidade de adaptar as unidades às obras de ampliação feitas recentemente. A decisão foi criticada pelo sindicato local, que reclamou não ter sido comunicado previamente.

No Estado, a empresa está no epicentro de uma polêmica envolvendo incentivos fiscais de valores milionários que foram concedidos na gestão anterior, do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

A JBS e o diretor financeiro, Valdir Aparecido Boni, foram acionados numa ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), o que resultou no bloqueio de R$ 73,5 milhões e mais de R$ 540 mil, respectivamente. Ambos recorreram para tentar desbloquear os valores, mas vêm amargando derrotas e as contas seguem bloqueadas.

Em Colíder, segundo a empresa, a ampliação ocorreu na área de desossa e em Diamantino na área de embalagens. Conforme a assessoria de comunicação da JBS, as paradas de manutenção ocorrem normalmente e a época escolhida, que coincide com o carnaval, é um período ‘mais devagar‘ e não tem ligação com a atual ‘conjuntura de mercado‘. Só em janeiro as exportações brasileiras de carne bovina recuaram cerca de 30%.

A companhia citou o anúncio, feito nesta terça-feira (3) do início de operações em duas unidades de processamento de carne bovina, nas cidades Iguatemi (MS) e Araguaína (TO), ainda neste mês de fevereiro.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal), José Evandro Navarro, a JBS não comunicou a entidade da decisão das férias coletivas e não aceitou a notificação feita pelo sindicato de que o aviso deveria ter sido feito com 15 dias de antecedência.

‘Eles comunicaram apenas os funcionários, o que é ilegal e iremos tomar as medidas judiciais necessárias‘, disse Navarro. A companhia não informou quantos animais deixarão de ser abatidos.

Segundo o Sintracal, 700 funcionários em Diamantino e cerca de 1 mil em Colíder estarão em férias.

(Com informações do Estadão Conteúdo)





Fonte: DA GAZETA DIGITAL

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