Prazos serão apresentados
A real situação das obras lançadas para atender a Copa de 2014 e o cronograma de finalização serão apresentados em audiência pública para conscientização da população. A afirmação é do governador Pedro Taques (PDT), que determinou a realização de uma auditoria para identificar como os projetos foram entregues pela antiga gestão do Poder Executivo.
A data da audiência não foi confirmada, mas deve ocorrer até o dia 9 de fevereiro. O assunto foi abordado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) durante a mensagem do governo ao legislativo. Por enquanto, Taques apontou que as análises no contrato do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) demonstra um dos maiores escândalos da histó ria. Segundo a Gerência de Estado de Comunicação (Gcom), o governador convidou os deputados para a audiência, que será realizada na ALMT.
Durante a audiência pública serão discriminados o andamento das obras de mobilidade, conforme a documentação auditada pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e a Secretaria de Projetos Estratégicos.
Com os trabalhos suspensos a pedido do Consórcio VLT, que alega pendências financeiras por parte do Estado, o modal é o projeto mais caro das obras lançadas para a Copa do Mundo de 2014 e inicialmente foi orçado no valor de R$ 1,477 bilhão.
Mesmo sem prazo para ser entregue, dados preliminares apontam que o Consórcio VLT já recebeu mais de R$ 900 milhões. O valor supera 60% do total da obra. Até a época do pedido de suspensão do contrato, somente as chamadas “obras de arte” haviam sido finalizadas.
Entre elas, o Viaduto da Sefaz, interditado desde o ano passado, e o Viaduto da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que alaga quando chove. A instalação de trilhos não foi concluída nem mesmo na avenida da FEB, em Várzea Grande. Faltam ainda estruturas previstas para a avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), a ampliação do viaduto da avenida Miguel Sutil, as Trincheiras Trigo Loureiro e Luiz Felipe. As demandas são relacionadas ao Eixo 1 do projeto, que inicia na região do Aeroporto Marechal
Rondon, em Várzea Grande, e encerra no bairro CPA, em Cuiabá.
Em relação ao Eixo 2, do Morro da Luz ao Coxipó, estão pendentes a construção de duas pontes sobre o rio Coxipó e o Viaduto da Beira Rio. Devido ao contrato de construção do VLT ser em Regime Diferenciado de
Contratação (RDC), não há possibilidade do Consórcio receber aditivos financeiros para concluir as obras que ainda faltam para que o complexo viário seja finalizado.
As 40 composições (vagões) adquiridas pelo governo e entregues pela empresa responsável estão estacionados em uma área na região do Aeroporto Marechal Rondon. O material rodante faz parte do “pacote” firmado durante a contração do serviço.
PROJETO - Na época em que Cuiabá foi escolhida como cidade-sede para a Copa de 2014, o projeto previa a inserção do modal de transporte público BRT, orçado em R$ 451 milhões. Porém, o sistema foi modificado pelo governo do Estado e a nova proposta, o VLT, encareceu o projeto voltado ao transporte urbano em R$ 1 bilhão.
Comentários