Médicos ameaçam greve por melhores condições de trabalho A decisão sobre a paralisação será tomada no dia 4 de fevereiro durante assembleia

A decisão sobre a paralisação será tomada no dia 4, durante realização de assembleia-geral extraordinária, segundo informou o representante do Sindicato dos Médicos (Sindimed), Osvaldo Mendes.

Entre as reivindicações que motivam o protesto, segundo o sindicato, estão a falta de melhoria nas condições de trabalho, terceirização do setor de urgência e emergência do Hospital e Pronto Socorro Municipal.

“Falta a administração cumprir com que o foi acordado anos atrás. Nós estamos protestando por melhores condições de trabalho, acima de tudo. O que engloba muita coisa”, disse o médico.

Todos os pontos teriam sido acordados junto ao Executivo Municipal, em outubro de 2013, em um acerto que foi conduzido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

O termo teria sido assinado para conter os protestos da categoria, que naquele ano realizou uma das maiores paralisações no setor da saúde de Mato Grosso, com duração de dez meses, na gestão do prefeito Wallace Guimarães (PMDB).

Outro lado

O secretário de Saúde de Várzea Grande, Daoud Abdallah por telefone, afirmou que, até o momento, não foi convocado para nenhuma reunião com a categoria.

Ele criticou o sindicato por convocar uma assembleia, antes mesmo de tentar iniciar o diálogo com o Poder Público.

Disse ainda que todas as exigências apresentadas pelo grupo, na última reivindicação, estão sendo atendidas pela Secretaria de Saúde do Município.

“Eu acho que essa convocação de assembleia tinha que ser em último caso. Porque nós temos mantido um diálogo aberto com eles, e sempre nos dispusemos a negociar as causas apresentadas. Com esse tipo de reação, quem sofre é a população”, afirmou.

Cuiabá

No início de janeiro, a categoria realizou a paralisação por um dia nas unidades de saúde na capital, em reclamação a falta de cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pela Prefeitura.

Entre os pontos que estariam sendo descumpridos pela Secretaria de Saúde, estão a falta de segurança para os profissionais e de melhores salários.