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Cidades
Sexta - 30 de Janeiro de 2015 às 10:54
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Um cliente do "Espeto Popular", restaurante localizado próximo à Praça Popular, em Cuiabá, registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, em que relata ter ferido a boca por uma agulha, que, segundo ele, estava em um pedaço de carne vendido no local. 


O empresário Marco Antonio Abib, de 53 anos, relatou que foi com seu filho ao restaurante, por volta das 23 horas da última segunda-feira (26). Ele disse que pediram dois espetos de picanha.

Ao mastigar um pedaço da carne, ele sentiu algo estranho na boca. E constatou que havia mordido a agulha.

"Nós ficamos no estabelecimento por duas horas, porque chamamos o Samu e a PM para registrarem o ocorrido. Mas a PM não apareceu, apesar das quatro chamadas que fizemos para o atendimento"


O cliente contou que chamou o gerente do estabelecimento comercial - segundo ele, identificado como Marcelo - para relatar o ocorrido.

Questionado sobre a procedência do produto, o gerente teria dito que comprava o alimento de um amigo, e que não possuiria nota fiscal.

“É um absurdo algo dessa natureza acontecer. Você paga caro para comer em um local que, supostamente, tem qualidade e algo desse tipo acontece. E, ainda por cima, o responsável nos tratou com descaso, além de ficarmos sabendo que a comida que estávamos ingerindo não tem procedência. Essa carne pode ter sido obtida até de um matadouro ilegal”, disse.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e os socorristas que atenderam a ocorrência confirmaram que a agulha encontrada na carne era de uso comum, utilizada em injeção.
Tony Ribeiro/MidiaNews
 

A Polícia Militar também foi acionada, mas, segundo o empresário, nenhuma viatura atendeu ao chamado.

“Nós ficamos no estabelecimento por duas horas, porque chamamos o Samu e a PM para registrarem o ocorrido. Mas a PM não apareceu, apesar das quatro chamadas que fizemos para o atendimento”, disse.

Em seguida, pai e filho registraram um Boletim de Ocorrência no plantão metropolitano, na Avenida da Prainha.

Contaminação
Marco Antonio Abib disse que ficou com receio de ter sido contaminado pela agulha, e que irá realizar exames médicos.

“É um fato que nos deixa apavorados. Eu mordi uma agulha, que eu não sei se alguém usou para injetar drogas em si, ou se foi usada para disfarçar o gosto de carne, ou qualquer outro motivo. Espero que não haja maiores consequências”, disse.

A agulha que feriu o cliente foi recolhida e encaminhada à Vigilância Sanitária.

Marco Antonio disse que não recebeu o tratamento adequado do estabelecimento. Até o momento, segundo ele, ninguém entrou em contato para prestar assistência ou dar algum esclarecimento sobre o fato.

Ele também informou que a conta, no valor de R$ 83,60 pelos dois espetos que não foram consumidos, além de bebidas e a taxa de 10% de atendimento, foi cobrada integralmente.

Outro lado

"O restaurante garante que jamais se utiliza de seringa ou qualquer tipo de agulha para manipulação das carnes"

O Espeto Popular afirmou, por meio de nota, que está averiguando a denúncia. E reiterou que, em dez anos de funcionamento, nunca enfrentou qualquer problema com a Vigilância Sanitária ou outro órgão fiscalizador, sobre má conversação, armazenamento ou procedência de produtos e de carnes.

"O restaurante garante que jamais se utiliza de seringa ou qualquer tipo de agulha para manipulação das carnes. As carnes usadas nos espetos da Casa são fornecidas há muitos anos pela empresa Mercado Real, sem qualquer ocorrência dessa natureza".

"A empresa também se coloca à disposição da Justiça, ou de qualquer entidade fiscalizatória, para se certificar da correta manipulação, armazenamento e produção das carnes do Espeto Popular", diz a nota.





Fonte: Midia News

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