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Política
Quarta - 28 de Janeiro de 2015 às 15:04
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Otmar de Oliveira/ Câmara de Cuiabá
João Emanuel
João Emanuel

A primeira audiência sobre o suposto desvio milionário de recursos da Câmara de Vereadores de Cuiabá por meio de fraudes em licitações, durante a gestão do ex-vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), está marcada para esta quarta-feira (28), na Vara Especializada Contra o Crime Organizado, Contra a Ordem Tributária e Econômica e os Crimes Contra a Administração Pública, no Fórum de Cuiabá. Devido o alto número de testemunhas e de réus, também foram agendadas oitivas para os próximos dias 30, 2, 6 e 9.

Faz um mês que o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou João Emanuel, o ex-deputado estadual Maksuês Leite (PP), e outras quatro pessoas, entre elas servidores da instituição, pelo suposto rombo de R$ 1,6 bilhão por meio da suposta compra de materiais gráficos para atender a necessidade do Legislativo, em 2013. O G1tentou, mas não conseguiu entrar em contato com João Emanuel e Maksuês Leite para que se manifestassem sobre o assunto.

Nas primeiras audiências, a Justiça deve ouvir as testemunhas de acusação e depois as de defesa. Por fim, os réus devem prestar depoimento. Entre as testemunhas estão alguns políticos, como o deputado federal Eliene Lima e o deputado estadual Mauro Savi.

Na época da suposta fraude, João Emanuel era presidente da Câmara e, durante as investigações, foi afastado do cargo pela Justiça para que não prejudicasse a apuração do MPE.

Já Maksuês Leite é proprietário da gráfica Propel supostamente envolvida no esquema, que teria sido contratada para fornecer crachás, livros e cartilhas, conforme ação do MPE. Essa não é única irregularidade envolvendo a Propel. Ela também é acusada de participar de um esquema de desvio de verba da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT). E, nesse caso, Maksuês tem contribuído com o MPE e detalhou como funcionava a fraude. As empresas que ganhavam a licitação não forneciam os materiais e ficavam com parte do dinheiro. O restante era supostamente entregue aos políticos que lideravam o esquema.

Por conta dos fortes indícios de irregularidades, João Emanuel chegou a ser preso em março do ano passado. Depois, teve o mandato cassado por quebra de decoro.

Durante as investigações, o MPE teve acesso a imagens que mostram o ex-presidente do Legislativo em uma conversa de negociação de fraude de um contrato de licitação. No vídeo, aparece uma mulher que seria responsável pela empresa, com quem ele discute um suposto direcionamento de um processo licitatório da Câmara.

O vídeo foi questionado pelo réu após a divulgação do vídeo, que, segundo ele, teria sido montado. No entanto, as imagens passaram por perícia, a qual apontou que as imagens não haviam passado por nenhum processo de edição.





Fonte: Do G1

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