Quadrilha de paraguaios que roubava cabelo é presa na Argentina
Três paraguaios que cortavam e roubavam o cabelo de mulheres no meio da rua em Mendoza, na Argentina, foram presos pela polícia, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
Duas irmãs vindas do Paraguai e o marido de uma delas, foram detidos ontem pela polícia, acusados de integrar um bando de "ladrões de cabelos", como eram conhecidos na região.
Há vários dias o trio paraguaio atacava meninas jovens e de cabelos longos para cortá-lo para vender mais tarde no mercado negro.
"Vamos cortar seu cabelo", disse uma das mulheres a uma menina de 13 anos, cujo cabelo comprido tinha 80 centímetros de comprimento, enquanto seus cúmplices prendiam a jovem pelos braços e pernas.
Os gritos da menina chamaram a atenção da vizinhança, que conseguiu impedir que ela tivesse o cabelo cortado e que as duas mulheres fugissem.
Os policiais encontraram nas bolsas das mulheres seis longas mechas de cabelo de diferentes comprimentos e cores, além de tesouras, fita métrica, pentes e até uma caderneta em que eram descritos os valores conseguidos com os cabelos roubados.
O homem envolvido foi capturado horas mais tarde depois de uma denúncia de que ele estava próximo da delegacia em busca de informações sobre as irmãs.
Por se tratar de um crime menor, fontes da procuradoria disseram que, se não tiverem antecedentes ou pendências com a Justiça, os acusados podem responder em liberdade.
"Não se conhecem casos anteriores", afirmaram os investigadores, que contaram ainda que os crimes estavam em ascensão.
Um cabelo comprido, dependendo da qualidade, comprimento e peso pode ser comprado pelas barbearias por 200 até 500 pesos (R$ 85 a R$ 210). Com eles é possível obter até 300 mechas, que são utilizadas para fazer extensões, franjas e outros penteados.
Para valer a pena para um cabeleireiro, o fio deve medir mais de 0,45 cm e pertencer a uma pessoa com menos de 40 anos e ser bem tratado. EFE
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