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Cidades
Sexta - 23 de Janeiro de 2015 às 18:19
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Com um aumento de 35% no número de homicídios registrados em Cuiabá e Várzea Grande ao longo de 2014, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) decidiu colocar em prática ações que visam reduzir essa estatística negativa e tentar poupar vidas nas 2 maiores cidades de Mato Grosso. Assim, uma ação integrada entre as Polícias Civil, Militar e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi lançada nesta quinta-feira (22) visando o enfrentamento aos homicídios.

Também houve aumento de 82% no número de latrocínios em Várzea Grande, que são roubos seguidos de morte, crime este considerado o mais grave e que é o primeiro a ser levado em conta na elabora dos rankings de violência no país por cada estado e capitais. Foram 17 vítimas de latrocínio em 2014 na "Cidade Industrial".

O secretário Executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo, e os representantes das instituições discutiram, na Secretaria de Segurança Pública (Sesp), estratégias que permitirão maior presença da Polícia Militar em locais identificados pelo serviço de Inteligência como pontos reiterados de ocorrências de homicídios nos dois municípios, além de maior potência nas investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), nos casos de homicídios dolosos.

Segundo Galindo, a Inteligência também apontou que a maior parte dos homicídios ocorridos na Baixada Cuiabana estão relacionados ao uso de drogas ilícitas e lícitas, sobretudo o álcool. “Bares e estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas foram mapeados e a Inteligência concluiu que a combinação dos fatores: venda de bebidas alcoólicas e os horários de ocorrências; demonstram que alguns bares e suas adjacências são de fato pontos sensíveis na segurança”, disse.

O grupo deliberou que políticas públicas paralelas às ações da segurança deverão ser desenvolvidas com urgência, e que as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande deverão ser integradas no trabalho de fiscalização dos estabelecimentos e na melhoria nos equipamentos públicos como iluminação pública e políticas de inclusão social para os jovens de baixa renda.

De acordo com o secretário Executivo, o diagnóstico ainda apontou que há um percentual muito expressivo de vítimas usuárias de drogas. O gerente de Perícia em Mortes Violentas da Politec, Daniel da Costa, apresentou 3 bancos de dados que podem contribuir para agilidade na elucidação dos crimes de homicídios investigados pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). “Vamos trabalhar focados na melhoria da preservação e isolamento do local de crime. Dessa forma podemos atuar com maior segurança e garantir que os vestígios que estamos processando realmente sejam do autor do crime, e com isso subsidiar ainda mais a DHPP durante as investigações”, explicou.

Dentro do polo ideal de Polícia Inteligente foram apresentados três bancos de dados com a nova política de repressão qualificada: Banco de Dados de DNA (Codis), Banco de Dados de Impressões Digitais (Afis) e o Banco de Dados de Projeteis de Arma de Fogo (Sisbala). Os participantes criaram uma comissão que definirá um protocolo integrado de resposta rápida aos crimes de homicídio. “O Grupo de Trabalho de Enfrentamento ao Homicídio foi criado de forma permanente e se reunirá sob a coordenação da Sesp, na estratégia de enfrentamento dos crimes violentos em todo o Estado”, disse Galindo. (Com assessoria)





Fonte: A Gazeta

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