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Cidades
Sexta - 23 de Janeiro de 2015 às 10:30
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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A proposta do governo em realizar as matrículas nas escolas estaduais via internet, para evitar as longas filas nas portas das instituições, não teve o resultado esperado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Das 104.871 vagas ofertadas em Mato Grosso, houve apenas 36.662 solicitações, o que representa cerca de 35% do total. Por este motivo, desde ontem (22), foram retomadas as matrículas pelo modo convencional.

Apesar do modelo de realizar matrículas mudar, algumas coisas continuam como nos anos anteriores, como por exemplo a procura por vagas nas escolas centrais de Cuiabá. No Liceu Cuiabano, por exemplo, das 755 vagas ofertadas, restaram apenas 99, sendo a maioria para o período noturno. Na escola Presidente Médici a situação é parecida. Das 1.044 vagas disponíveis entre o ensino médio e fundamental, estão em aberto 379, também para o período noturno.

No interior do Estado foi possível notar que a solicitação por vagas na rede estadual de ensino foi relativamente baixa. Em Acorizal, município onde se encontra uma das escolas com pior nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), das 814 vagas, apenas 74 foram preenchidas (9%). Em Jauru, houve somente 11 solicitações de matrículas, em um total de 133 vagas oferecidas, representando 8%.

Na opinião do secretário-adjunto de políticas educacionais da Seduc, Gilberto Fraga, a experiencia, adotada pela gestão anterior, serviu para que se estude como melhorar a sistematização adotada pelo Estado. “Reconhecemos que a procura foi baixa, mas ainda não sabemos se esta foi ocasionada por falha do nosso sistema, ou pela falta de oportunidade de alguns alunos em realizar a solicitação de matrícula via internet”. Fraga acrescenta que uma equipe está realizando um estudo para que seja apontado o real motivo do insucesso no novo método.

Ao contrário da Seduc, esta situação já era esperada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Henrique Lopes, que ressalta a falta de estrutura oferecida pelo Estado em se tratando do modelo de matrícula online. “Para que os estudantes e os pais possam realizar a solicitação, é necessário que eles tenham internet em casa e não só isso, eles tem que saber utilizar a ferramenta, que nem todos sabem como administrar”.

Lopes acredita que a forma de evitar filas nas portas das escolas não é realizar a matrícula online e sim dar condições estruturais e profissionais as unidades localizadas nos bairros periféricos.





Fonte: A Gazeta

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