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Cidades
Quinta - 22 de Janeiro de 2015 às 09:07
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O pai do bebê de seis meses de idade, que morreu asfixiado após a mãe dormir sobre ele durante a amamentação, prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (21), na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá. O homem confirmou que ele e a esposa tinham saído e ingeriram bebida alcoólica em uma lanchonete da avó da criança antes de retornarem para a residência. A família mora no Bairro Vila Vitória, em Várzea Grande, região metropolitana da capital, e o bebê morreu na madrugada de terça (20).

A criança chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o pronto-socorro do município, mas não resistiu e morreu minutos depois. Em depoimento ao delegado Geraldo Gizoni, o pai contou que ele e a esposa ingeriram pelo menos quatro latas de cerveja na lanchonete, na noite de terça. Ao retornar para a residência, a mulher teria ido direto para o quarto do casal e dormiu. Ele e o enteado, de 11 anos de idade, teriam ficado acordados, na sala da casa, brincando com o bebê.

Em um determinado momento, segundo informações repassadas pelo delegado, a criança começou a chorar. O homem teria pedido para que o enteado levasse a criança para ser amamentada pela mãe. O menino não conseguiu acordar a mãe e, mesmo assim, colocou o bebê ao lado dela, na cama, e saiu do local. O pai relatou ao delegado que já era de costume deixar o filho próximo a mãe para a amamentação.

Porém, 20 minutos depois, ele teria entrado no quarto e avistou o bebê já vermelho e fazendo barulhos como se estivesse engasgado. O filho estava embaixo do corpo da mãe, que havia deitado em cima dele e ainda não tinha acordado. Na ocasião, o homem acordou a esposa e encaminhou o bebê para o Pronto-Socorro de Várzea Grande. O pai foi até a delegacia acompanhado da avó da criança, que também relatou o fato.

De acordo com o delegado, a mãe do bebê ainda não foi ouvida pela polícia porque está abalada com o ocorrido e não tem condições de comparecer à delegacia. Ela deverá prestar depoimento na próxima semana. Geraldo Gizoni informou que ainda aguarda o resultado da necropsia que dirá se a morte foi natural ou violenta. No entanto, entendeu que a morte não foi intencional e o crime deverá ser investigado, agora, pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), já que o homicídio não é doloso, quando há intenção de matar.





Fonte: Do G1

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