Brasil é a Apple? Revista compara seleções a empresas
Time selecionou empresas de tecnologia equivalentes a 12 seleções da Copa, comparando retrospecto nos mundiais, resultados financeiros de executivos, jogadores e técnicos
Assim como as empresas de tecnologia, no futebol, cada time tem uma reputação diferente. Existem, por exemplo, os times fortes como Brasil e Argentina, que podem ser comparados com grandes companhias como Apple e Amazon. Baseada no site de pesquisa de dados FindTheBest, a revista Time selecionou empresas de tecnologia equivalentes a 12 times de futebol, comparando informações da história das Copas, resultados financeiros de executivos com jogadores e técnicos.
Brasil = Apple
Ambos tiveram mais sucesso do que os concorrentes, se compararmos os cinco títulos de campeão na Copa do Mundo do Brasil com os produtos bem-sucedidos da Apple, como o Macintosh original, iPod, iPhone e iPad. Segundo a Time, as expectativas em relação a eles são tão grandes, que um deslize como o gol contra no jogo com a Croácia ou o aplicativo de Mapas da Apple geram muita polêmica. Todos os anos, analistas tentam prever o número de gols, assim como as vendas do iPhone, e não faltam críticas quando essas expectativas não são atendidas.
Argentina = Amazon
Tanto a seleção como a empresa são grandes competidores em suas áreas desde 2006, sempre entre os cinco ou seis melhores times/companhias do mundo. Enquanto seus rivais têm altos e baixos durante os anos, eles trazem confiança, talento, uma estratégia refinada e forte execução a cada ano. E, o mais importante, cada um depende do talento de um homem para manter as coisas estáveis: Lionel Messi no time da Argentina e Jeff Bezos como CEO da Amazon.
Estados Unidos = Beats Electronics
Chamativos e um pouco metidos, o time e a empresa tiveram uma onda recente de sucesso, chamando a atenção de rivais mais velhos e mais experientes. Os competidores mais técnicos (Espanha e Inglaterra; Shure e Grado) acabam produzindo algo dez vezes melhor, mas com resultados trimestrais dez vezes piores.
Inglaterra = Microsoft
Cada um teve um sucesso durável: a Copa do Mundo de 1966 no caso da Inglaterra e o Windows da Microsoft. Depois, eles tiveram uma série de anos promissores, mas desapontantes. Não dá para dizer que eles estão acabados, mas ninguém apostaria neles. Recentemente, ambos apontaram novos líderes (Satya Nadella e Roy Hodgson), injetando entusiasmo, seguidos de uma maré de desânimo.
Espanha = Groupon
Em 2010, eles eram as empresas mais promissoras do mundo, gerando uma série de rivais que os copiavam, e convencendo o mundo de que o futebol/comércio online tinham mudado para sempre. Alguns anos depois, as ações tanto da Espanha como do Groupon desabaram, provando que a estratégia devagar e consistente - como da Alemanha e da Amazon - dão melhores frutos com o tempo.
Colômbia = Uber
Jovens, modernos e espertos, cada um surpreendeu o mundo com uma estratégia inteligente e resultados impressionantes. O time e o aplicativo de transporte urbano são os “queridinhos” de suas indústrias e a estrela para apostadores do esporte e investidores de tecnologia.
Alemanha = Intel
Comparados com as estrelas das áreas e desempenhos chamativos, a Alemanha e a Intel são fáceis de esquecer, consistentes e chatos, e eficientes na medida certa. Eles têm sido bem-sucedidos ao longo dos anos, com times nas semi-finais e finais, e processadores em produtos como MacBooks e ThinkPads.
Holanda = IBM
Sólidos, bem-sucedidos e respeitados por suas indústrias. No entanto, o time da Holanda e a IBM são infectados com negócios suspeitos, sejam nas faltas dos jogos (até esta quarta-feira, 25, a Holanda tinha cometido o maior número de faltas por jogo na Copa de 2014), ou em ações da justiça por patentes (a IBM ajudou a paralisar uma nova lei que facilitaria o cancelamento de patentes de software de baixa qualidade).
México = T-Mobile
Ambos têm os líderes mais carismáticos do negócios (o técnico Miguel Herrera e o CEO John Legere). As organizações são fáceis de se torcer, mas honestamente, nenhuma tem o dinheiro e recursos suficientes para realmente se destacarem.
França = Yahoo
O time e a empresa eram as melhores em 1998, tendo dominado todos os rivais e aparentemente preparado uma década de domínio. No entanto, a seleção e a companhia encontraram problemas na década seguinte, perdendo para oponentes mais ágeis e se tornando temas de piadas. Também contrataram novos líderes em 2012 (Didier Deschamps e Marissa Mayer).
Portugal = Snapchat
Depois de terem sido irrelevantes - ou inexistentes - por anos, cada um ganhou atenção internacional sob a liderança de Cristiano Ronaldo e Evan Spiegel. A lealdade dos fãs e a fortuna da empresa acaba suportando os altos e baixos desses dois líderes, inclusive em momentos polêmicos.
Grécia = Zynga
Nos últimos anos, a seleção e a empresa de jogos tiveram uma queda em suas operações, pioradas pela economia. Elas quase foram eliminadas, mas acabaram sendo resgatadas e atualmente fãs e investidores permanecem em dúvida, esperando sinais mais fortes de melhora.
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