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Cidades
Terça - 03 de Setembro de 2013 às 11:36

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Desde o mês de julho a Secretaria Municipal de Saúde de Diamantino,  como parte das ações que marcam o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho, em parceria com  o Ministério da Saúde, realiza a mobilização para testagem da doença. A equipe da Secretaria realiza campanha educativa para conscientização quanto à prevenção e ao diagnóstico.

“Estamos oferecendo testes e também realizando vacinas. As pessoas procuram as Unidades de Saúde e os profissionais verificam a necessidade de cada uma, quem ainda não recebeu tem que receber as três doses da vacina”, afirmou a coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado (SAE/CTA), Elisete Diniz.

Em todo o país, com o slogan: “Hepatites Virais: sem perceber, você pode ter”, a campanha do Ministério da Saúde é composta por filme e cartazes para públicos específicos, além de peças para as redes sociais. Os cartazes são destinados às gestantes, aos jovens e aos adultos e alerta sobre a importância do teste e da vacina para a hepatite B. Também faz parte da campanha anúncios dirigidos aos profissionais de saúde sobre a ampliação da faixa etária da vacina e sobre a recomendação dos testes para hepatites B e C.

De acordo com o Ministério da Saúde, a partir deste ano, a vacina contra hepatite B também está sendo oferecida para pessoas com até 49 anos. A medida beneficia um público-alvo de 150 milhões de pessoas - 75,6% da população total do Brasil. No ano passado, a idade limite para vacinação gratuita era até 29 anos.  Em 2012, mais de 15,7 milhões de pessoas foram protegidas contra a hepatite B. Após três doses, mais de 90% dos adultos jovens e mais de 95% das crianças e adolescentes desenvolvem respostas adequadas de anticorpos. Com a ampliação da faixa-etária, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação de adultos,  como forma de melhorar a condição de saúde da população brasileira.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta tratamento para a doença. Desde o início do ano, o Ministério da Saúde passou a disponibilizar no SUS dois novos medicamentos contra hepatite C, o Telaprevir e o Boceprevir. Os medicamentos são recomentados aos portadores de cirrose e fibrose avançada, grupos de maior risco de progressão da doença e de morte. Os novos medicamentos fazem parte da classe de inibidores de protease, considerados mais modernos e eficazes para combater a doença em todo o mundo. O telaprevir e o boceprevir têm uma taxa de eficácia de 80% − o dobro do sucesso obtido com a estratégia convencional utilizada atualmente, que associa dois medicamentos, o Interferon Peguilato (injetável) e a Ribavirina (via oral), cujo tratamento tem duração de 48 a 72 semanas. Os novos medicamentos são administrados oralmente, e têm duração de até 48 semanas.

As hepatites são doenças graves que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes e vitais do corpo humano. Os cinco principais tipos (A, B, C, D e E) são causados por vírus que podem passar de uma pessoa para outra. A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível (DST). E, assim como a hepatite C, pode ser também transmitida pelo sangue.

As hepatites são consideradas uma doença negligenciada em todo o mundo. Cerca de 325 milhões de pessoas são portadores crônicos da hepatite B e 170 milhões da hepatite C, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, a estimativa é de que existam 800 mil infectadas pelo vírus B e 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C. Da infecção até a fase da cirrose hepática, pode levar de 20 a 30 anos, em média, sem nenhum sintoma.
 





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