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Quinta - 27 de Março de 2014 às 18:00

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Renomado no mundo pet, o especialista em comportamento animal Alexandre Rossi participou da terceira edição da PET Rio Expo, realizada no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ). Antes de iniciar sua apresentação no evento – onde deu dicas diversas sobre a interação de humanos e animais – o profissional bateu um papo exclusivo com o CachorroGato, falando sobre as modas pet de hoje e os erros mais comuns cometidos por donos de cães.

“O mercado pet nos oferece cada vez mais ferramentas para facilitar o relacionamento das pessoas com os animais e as mudança de hábitos indesejáveis que eles possam ter – sendo que, até mesmo testes e exames veterinários já podem ser feitos de maneira mais prática e acessível, facilitando bastante uma série de procedimentos que, antigamente, não eram possíveis sem muita complicação”, comentou Alexandre.

Segundo ele, o surgimento e a variedade cada vez maior dos produtos e opções do mercado pet são fatores que, além de facilitar o relacionamento, também podem ajudar a controlar e melhorar vários aspectos da vida animal – incluindo alimentação, higiene e fatores comportamentais, que acabam influenciados por diferentes “modas” que se lançam mercado.

“Os donos de pets estão tão preocupados em não deixar que seus animais passem fome, que o número de bichos de estimação obesos é cada vez maior – no Brasil e no mundo – e a existência de brinquedinhos interativos que ‘escondem’ a comida do animal é um bom exemplo de acessório válido para resolver esse tipo de questão; já que, ao mesmo tempo em que pode distrair o animal, também pode ajudar a controlar a sua alimentação”, explica o especialista.

Acessórios

Em relação aos perigos no uso de acessórios populares no mercado (como carrinhos e sapatinhos para pets), Rossi afirma que todo tipo de consequência vindo do uso destes produtos depende da forma com que eles são usados; e que, se as necessidades mais importantes do animal e de seu dono forem atendidas, não há problemas em adotar as novidades.

“Enquanto os humanos querem cuidar e proteger os bichos de estimação, os desejos e necessidades dos pets não podem ser deixados de lado e, tendo isso em mente, quase tudo é permitido. Se um proprietário quiser fazer o uso de carrinhos para cães enquanto o seu pet não é vacinado ou é idoso, por exemplo, ele estará protegendo o animal de uma série de perigos. No entanto, se esse uso for feito com muita frequência e enquanto o animal ainda é jovem e ativo, pode ser algo altamente prejudicial – já que o pet precisa de atividades físicas para viver de maneira saudável”, explica Alexandre, acrescentando que esse tipo de questão é bastante presente na relação de pessoas com pets em casa. 

De acordo com Rossi, o uso exagerado de acessórios e proteções para os pets pode acabar tirando dos animais uma série de sensações e experiências que são fundamentais para o seu desenvolvimento – prejudicando o animal ao invés de beneficiá-lo. Sobre os problemas comportamentais mais comuns no mundo canino, o especialista afirma que boa parte deles é gerada em função do entendimento errado do humano sobre determinadas ações do animal – causando ainda mais confusão na cabeça do pet, que recebe mensagens ‘trocadas’ e acaba adquirindo hábitos indesejáveis.

“Há donos que pensam que seus cães mordem seus sapatos em função de algum tipo de ‘vingança canina’. No entanto, na maioria das vezes, esse tipo de comportamento ocorre, justamente, por que o cão deseja ficar mais próximo do proprietário – encontrando nos sapatos ou roupas (com seu cheiro) uma maneira de estarem mais próximos deles”, esclarece. 

Educar

Segundo o especialista, deixar o cheiro do dono nos brinquedos do cão poderia ser uma ótima forma de mudar esse tipo de comportamento e, ainda, entreter o pet. Entretanto, acreditando que esse tipo de ação ocorre em função de ‘birras’, os donos acabam repreendendo o animal, confundindo-os ainda mais e prejudicando o entendimento do pet em relação ao seu dono.

“Todo tipo de trabalho comportamental com cães deve levar em conta todas as pessoas que convivem com ele, permitindo o entendimento real do que gera os comportamentos indesejáveis e de que maneira os proprietários podem ajudar a modificá-lo. O mesmo tipo de problema acontece muito em processos de adestramento, nos quais os donos reclamam da dificuldade de ensinar os animais quando, na realidade, é justamente o treinamento dado por eles que está condicionando o animal a agir de maneira errada”, conclui, afirmando que o uso das técnicas corretas é um fator essencial para qualquer tipo de mudança de comportamento em pets. 

Comportamento

No que se refere à raças e personalidades de animais, o especialista afirma haver muita confusão por causa das crenças das pessoas sobre o mundo pet. Que quer um bichinho de estimação acaba preferindo adotar ou comprar animais de determinada raça acreditando que, treinados desde filhotes, adotarão o comportamento desejado – enquanto o ideal seria levar para casa os animais já adultos, e que já tem uma personalidade definida.

“Em muitos casos, as características da raça não correspondem ao comportamento do cão. Portanto, quem deseja um cachorro calmo ou brincalhão em casa deve escolhê-lo de acordo com a sua personalidade já formada em fase adulta, e não seguindo o que é ‘normal’ para os cães de determinada raças, já que isso, em muitos casos, pode acabar deixando o proprietário com um cachorro de personalidade contrária ao que foi idealizado”, conclui.






Fonte: Terra

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