Em Brasília, prefeito tenta impedir a redução da fiscalização na fronteira
O prefeito de Cáceres, Francis Maris (PMDB), se reúne com a bancada federal de Mato Grosso nesta quarta (12) para tentar evitar que os postos de fronteira da região com a Bolívia possam ser desativados pelo governo federal. Acontece que, ao invés de reforçar a segurança, o Executivo pretende desativar quatro dos sete e transformar os três restantes em pelotão de polícia do Exército. “Iremos repassar a situação aos parlamentares para que eles tentem reverter a ideia de desativação. Queremos que os sete sejam convertidos em pelotão”, explica o peemedebista, em entrevista aoRDNews.
A perspectiva, segundo Francis, é transformar não apenas três postos em batalhão, mas também os outros quatro existentes. Caso a intenção da União seja irrevogável, o prefeito argumenta que a fiscalização vai ficar ainda mais difícil, visto que o território de fronteira tem 150 km de extensão. “É humanamente impossível ter algum tipo de fiscalização. Por isso, vamos alertar as autoridades”. A desativação está marcada para o próximo dia 28.
Outro problema que pode ocorrer, caso eles sejam fechados, é o aumento da violência. Para Francis, apesar do Grupo de Fronteira (Gefron) estar presente na região, existem limitações, tendo em vista a dimensão do território de fronteira. É justamente nesta região que o contrabando de drogas, carros e armas saem e entram do país.
Hoje, de acordo com o prefeito, estes postos são compostos pela segurança de apoio à comunidade da região, fiscais da Receita Federal e do Indea, bem como guardião do território nacional. A intenção é montar um pelotão de Polícia do Exército para aumentar a fiscalização na fronteira.
BR-070
Outra pauta que deve ser discutida na reunião é a BR-070, cujo asfalto está cedendo devido às fortes chuvas na região. Francis afirma que a reunião vai ajudar para que o Dnit seja informado da situação e notifique a empresa responsável pela manutenção da rodovia. Segundo o peemedebista, a recuperação da parte danificada deve ser feita com urgência, caso contrário, o asfalto poderá ceder e interromper todo o tráfego para Amazônia e Rondônia. No local também existem torres de energias que podem suspender o abastecimento da região Oeste.
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