De acordo com a Associação Britânica de Delegados, as crianças são trazidas da China e do Vietnã para diversas cidades britânicas, onde passam a trabalhar em locais onde é produzida maconha em grande quantidade. A substância é ilegal no país.
O levantamento da associação policial afirma que o fato de as crianças não falarem sobre o que acontece com elas dificulta o combate aos traficantes.
Os policiais acreditam que as crianças temem represálias contra seus familiares.
Aumento
O número de empresas dedicadas a produzir maconha na Grã-Bretanha mais que duplicou nos últimos dois anos, indo de cerca de três mil "fábricas" ilegais descobertas pela polícia, entre 2007 e 2008, para 6,8 mil, entre 2009 e 2010.
Até 2007, a média era de cerca de 800 fábricas ilegais descobertas por ano.
Segundo a polícia, as denúncias sobre locais de produção no país vêm aumentado devido em parte ao destaque que a maconha ganhou na imprensa desde sua reclassificação pelo governo britânico como droga classe B, mais perigosa, em 2008.
Os criminosos costumam usar casas particulares para o cultivo em larga escala de maconha, geralmente tapando as janelas e instalando luzes de alta intensidade e sistemas de irrigação para as plantas.
O relatório diz que os asiáticos se endividam em até 10 mil libras (cerca de R$ 27 mil) para que traficantes os levem para a Grã-Bretanha. Eles então pagam a dívida trabalhando nas fábricas ilegais.
Eles costumam receber instruções por escrito em seus idiomas sobre como cuidar das plantas e raramente deixam seus locais de trabalho.
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