O juiz que mandou prender a filha do ex-ministro e outras quatro pessoas foi muito claro. Na ordem de prisão, escreveu que os cinco presos fizeram manobras, criaram contradições e mentiras para dificultar o trabalho da polícia.
Ainda segundo ele, há provas materiais e testemunhais do suposto envolvimento de Adriana Villela, a filha do ex-ministro, no triplo assassinato. Os advogados dela entraram com um pedido de habeas corpus. A decisão deve sair hoje.
A chave para desvendar o crime é a chave do apartamento onde houve o assassinato. Foi ela que levou a polícia a prender suspeitos e depois perceber que havia seguido uma pista falsa. Tudo começou com o depoimento, espontâneo, de uma mulher que se diz vidente.
Ela procurou a polícia meses depois do crime. Disse que por causa de uma visão sabia onde estava o assassino. No endereço indicado, uma casa na periferia de Brasília, a polícia encontrou a chave e prendeu três suspeitos. Mas concluiu que a chave foi retirada do local do crime e plantada na casa para incriminar um inocente.
Uma armação para confundir os investigadores. A polícia descobriu que a suposta vidente conhecia Adriana Villela, filha do casal assassinado, suspeita de estar por trás de tudo.
As investigações mostraram que Adriana combinou com uma faxineira da família uma versão mentirosa: a de que tinha um bom relacionamento com os pais. Testemunhas afirmaram o contrário. Ela brigava com eles há algum tempo, por causa de dinheiro. O pai, ex-ministro do TSE e advogado, tinha uma fortuna avaliada em mais de R$ 10 milhões.
O crime aconteceu há onze meses. José Guilherme Villela, a mulher dele e a empregada do casal foram mortos a facadas no apartamento em que moravam.
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