A Polícia Civil do Paraná encontrou mais ossos no Colégio Estadual Vinícius de Moraes, na cidade de Campo Mourão (a 460 Km de Curitiba), na região oeste do Paraná. Policiais foram até a escola nesta quinta-feira para apurar nova informação dada pelo zelador Raimundo Gregório da Silva. Conforme relato do acusado de matar duas estudantes, havia ossos escondidos no forro de um dos pavilhões da escola, onde agentes encontraram uma sacola com restos mortais.
Silva confessou ter matado as alunas. Uma delas estava desaparecida há dois anos e a outra sumiu cerca de sete meses atrás. Segundo depoimento do próprio acusado, os corpos foram queimados e as ossadas deixadas em vários locais dentro do colégio, onde Silva também morava. Inicialmente, as ossadas foram encontradas em uma horta e no fosso da residência do zelador.
No caso da primeira vítima, 16 anos, ele chegou a mandar mensagens de celular para familiares simulando que esta teria fugido para a Itália com um namorado de São Paulo. Desconfiada, a polícia chamou Silva para novo depoimento, no qual ele afirmou que também recebia mensagens.
Logo depois, o pai da vítima recebeu nova mensagem "da filha" pedindo para que o zelador não fosse mais alvo de investigações. O número da mensagem tinha um código de área do Paraná, o que levou a polícia a pedir a prisão temporária de Silva, que admitiu os crimes.
As aulas no colégio foram retomadas na quarta-feira, quando também aconteceu um protesto pedindo justiça pela morte das estudantes. A Polícia Civil vai pedir a prisão preventiva de Silva por duplo homicídio qualificado.
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