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Polícia
Sábado - 21 de Agosto de 2010 às 09:34
Por: Hermano Freitas

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A família de Mércia Nakashima realizou na manhã deste sábado uma missa em memória aos três meses do desaparecimento e assassinato da advogada. A missa foi realizada na paróquia Nossa Senhora da Conceição, às 8h. Tomada pela emoção, a adovgada e irmã de Márcia, Cláudia Nakashima, passou mal e foi socorrida com água gelada por pessoas presentes no local. A cerimônia se transformou em um ato por justiça, não penas no caso Mércia, como também em outros casos. Familiares de vítimas da violência trouxeram faixas e camisetas alusivas aos crimes.

O assistente de acusação contratado pela família, Alexandre de Sá, afirmou que o sentimento geral é de frustração pela liberdade provisória dos dois principais suspeitos pelo assassinato de Mércia, o vigia Evandro Bezzerra Silva e o ex namorado da vítima, Mizael Bispo de Souza. Os dois negam o crime.

"A frustração maior é de que a prisão deles é necessária e não uma antecipação da pena", disse o advogado. Uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo revogou a prisão preventiva do vigia Evandro Bezerra Silva, e do policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza no dia 9.

Presente na cerimônia, o irmão de Mércia, Márcio Nakashima voltou a relatar que a família e moradores do bairro jardim Bonsucesso, em Guarulhos, recebem ameaças que pedem que a família pare de falar com a imprensa e com a polícia.

"Tenho evitado andar sozinho e sair em determinados horários, faço só o essencial na rua", disse Márcio. De acordo com a mãe de Mércia, Janete Nakashima, as ameaças chegam por torpedos de celular e por ligações de telefones públicos.

Após a missa, família e amigos de Mércia realizaram uma passeata no calçadão no centro de Guarulhos.

O Caso
A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, desapareceu no dia 23 de maio e foi encontrada morta no dia 11 de junho em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Ela teria sido assassinada pelo ex-namorado e policial aposentado, Mizael Bispo de Souza, que não aceitaria o fim do relacionamento. Rastreamento de chamadas telefônicas feito pela polícia com autorização da Justiça colocariam os dois na cena do crime, de acordo com as investigações. Mizael e o vigia Evandro Bezzerra Silva são considerados pela Polícia Civil os principais suspeitos do crime. Eles negam as acusações.





Fonte: G1

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