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IML não identificou causa da morte e uma suspeita é que tenha sido por ingestão de remédio abortivo
PM é suspeito de assassinar grávida e bebê de 8 meses
Corpo de Ana Cristina foi encontrado em um matagal às margens da BR-364; criança estava dentro da calça e cena chocou at
O corpo da corretora de seguros Ana Cristina Wommer, 24, foi localizado em um matagal às margens da BR-364 e o principal suspeito pela morte da jovem é o amante, o policial militar da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Claudemir de Souza Sales, que está preso. O bebê que Ana Cristina esperava estava dentro da calça dela, uma cena que chocou até mesmo os policiais que investigam o caso. Ela estava no oitavo mês de gestação.
Uma das suspeitas é que a jovem foi obrigada a ingerir remédio abortivo. As vísceras da jovem foram encaminhadas para perícia e os resultados devem ficar prontos em 15 dias. Sales nega o crime, mas no depoimento há um lapso temporal que coincide com a hora da morte de Ana Cristina.
O comandante da Polícia Militar (PM), coronel Osmar Lino de Farias, disse que, no depoimento, Sales contou que saiu de casa no domingo pela manhã e foi comprar pão para a família. Ele confirma que se encontrou com a vítima e lhe repassou R$ 50 para que ela comprasse um remédio. O coronel não informou qual era o tipo do medicamento. "Ele estava no seu dia de folga, mas isso não justifica o que aconteceu. Um policial deve ter uma conduta íntegra".
Segundo o comandante, no histórico de Sales não consta nenhum tipo de infração. Ele estava na corporação há aproximadamente 6 anos.
A vítima desapareceu na manhã de domingo. Ela saiu de casa e os pais não conseguiram mais contato. Uma amiga dela contou que recebeu um telefonema de Ana Cristina que relatou que ia se encontrar com o policial Sales. Ele teria ligado para ela e marcado o encontro para discutirem a gravidez. Esta é a principal ligação dele com o crime. O bebê de 8 meses seria o segundo filho de Ana Cristina.
No boletim de ocorrência feito pela família no domingo (22), por volta das 20h, foi registrado que a vítima tinha saído de casa com uma blusa verde e calça leg. Também constava que, para qualquer lugar que ia, avisava os familiares. Algo que não aconteceu na manhã do desaparecimento.
Depoimento - Até o fechamento desta edição, às 20h, não havia terminado o depoimento do policial. Ele chegou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) às 15h45, escoltado por 3 militares da Rotam e trajando camisa regata e short. Além do coronel Farias e do delegado titular da DHPP, Márcio Pieroni, mais de 10 policiais acompanhavam o depoimento.
Segundo testemunhas, todo o tempo o acusado estava de cabeça baixa e negava o crime. "A Constituição dá esse direito a ele (negar). Mas desde ontem (segunda-feira) ele está detido administrativamente no Batalhão da Rotam", disse Farias.
Segundo ele, o motivo para a prisão, já que Sales nega o assassinato, é que todos os indícios apontam para ele, o único suspeito.
Na manhã de ontem, ao ser solicitado o seu automóvel, o acusado disse que possuía um carro Corsa branco. No entanto, foi descoberto que, após a morte de Ana Cristina, Sales teria vendido o seu automóvel, um Gol preto. Esse é outro indício sobre o crime.
Ao sair da sala de depoimento, o comandante Farias destacou à imprensa que o caso só havia tido essa repercussão por ser um funcionário público (acusado). "Se ele fosse de alguma empresa privada não havia tudo isso".
Apesar de ter sido ouvida pelo delegado na segunda-feira à noite, a esposa de Sales esteve novamente na DHPP para mais informações. Ela passou acompanhada de policiais e não quis se pronunciar.
Localização - A localização do corpo da corretora de seguros mobilizou a cúpula da Polícia Militar do Estado, que determinou a prisão administrativa imediata do soldado PM da Rotam. O corpo foi localizado por volta das 9h de terça-feira (24), em uma rua paralela à Rodovia BR-364, cerca de 500 metros do antigo hospital Neuropsiquiátrico de Cuiabá.
Técnicos de uma empresa de telefonia, que trabalham na manutenção da rede, se depararam com o corpo, parcialmente encoberto pelo mato. Com a localização, na manhã de ontem, o policial recebeu a voz de prisão, informou o comandante da PM Lino de Farias. O comandante do Policiamento da Capital, coronel PM Zaqueu Barbosa, e o comandante da Rotam, major Airton Siqueira, também estiveram no local.
Um dos funcionários da empresa de telefonia, que não quis se identificar, afirmou que o corpo só foi encontrado porque estavam fazendo limpeza na mata para evitar queimadas. "A primeira coisa que fizemos foi chamar a Polícia e avisar a empresa. Não mexemos no corpo. Os policiais chegaram rápido, 15 minutos depois".
Segundo o delegado Márcio Pieroni, a perícia no veículo que supostamente levou a vítima ao local onde o corpo foi localizado pode revelar detalhes sobre o crime.
A jovem, que foi vista pela última vez na manhã de domingo, quando saiu de casa, no bairro Tijucal, para se encontrar com o acusado, estava descalça. Uma varredura foi feita em torno da área do corpo e um par de luvas de tecido, novas, foi achado nas imediações. Uma das hipóteses é que o assassino apenas jogou o corpo no local. Também foram apreendidos próximo ao corpo uma lata de cerveja e um cigarro, que também estão sendo analisados.
A delegada Anaíde Barros, adjunta da DHPP, acompanhou os peritos até o Instituto de Medicina Legal (IML), para acompanhar a necropsia. Como o corpo não apresentava sinais visíveis de violência, a Polícia solicitou o parecer do médico com maior urgência.
Indeterminada - O Instituto Médico Legal (IML) deu a causa morte como indeterminada. De acordo com a delegada Anaíde Barros, no corpo da jovem não foram encontrados projétil ou fraturas. Os pulmões não tinham característica de asfixia. A delegada apontou ainda que uma das suspeitas é a ingestão de remédio abortivo, mas que vísceras da vítimas foram recolhidas e encaminhadas para exames que devem ficar prontos em 15 dias.
Além disso, o médico legista não conseguiu confirmar se a criança chegou a nascer ou foi expulsa do útero da mãe.
Os familiares de Ana Cristina não quiseram se pronunciar sobre o caso. Uma tia da vítima, que não se identificou, disse que por telefone que ainda não havia data para o velório de Ana Cristina e que qualquer decisão seria tomada após a liberação do corpo.
Outro crime - Mais de um mês após o assassinato de Lucélia Mendes da Silva, 30, grávida de 6 meses, 2 dos acusados estão presos e um deles foragido. O crime aconteceu em Jangada (80 km ao norte de Cuiabá), em uma chácara. Silva teria sido vítima de envenenamento.
Os acusados Odair de Oliveira Bastos, 30, Francisnei Arcanjo da Silva, 19, e Virgílio de Almeida Sobrinho, 38, conhecido como Gil, teriam invadido o local, segundo informações da caseira da chácara, e obrigado Lucélia a ingerir um líquido de cor vermelha.
Além da caseira, o marido dela estava na propriedade e, quando chegou na casa, também foi detido pelos criminosos. Todos os invasores estavam encapuzados e não há energia elétrica no lugar. A iluminação é realizada por velas.
Odair e Francisnei estão respondendo o crime em liberdade, apesar da Polícia já ter emitido ao Ministério Público Estadual (MPE) o pedido de prisão preventiva. O líquido foi enviado a Cuiabá para análise, mas ainda não se tem o resultado e nem previsão para o envio à Polícia de Jangada. "Existe apenas um perito de identificação de veneno para o Estado todo", disse um policial.
Uma das suspeitas é que a jovem foi obrigada a ingerir remédio abortivo. As vísceras da jovem foram encaminhadas para perícia e os resultados devem ficar prontos em 15 dias. Sales nega o crime, mas no depoimento há um lapso temporal que coincide com a hora da morte de Ana Cristina.
O comandante da Polícia Militar (PM), coronel Osmar Lino de Farias, disse que, no depoimento, Sales contou que saiu de casa no domingo pela manhã e foi comprar pão para a família. Ele confirma que se encontrou com a vítima e lhe repassou R$ 50 para que ela comprasse um remédio. O coronel não informou qual era o tipo do medicamento. "Ele estava no seu dia de folga, mas isso não justifica o que aconteceu. Um policial deve ter uma conduta íntegra".
Segundo o comandante, no histórico de Sales não consta nenhum tipo de infração. Ele estava na corporação há aproximadamente 6 anos.
A vítima desapareceu na manhã de domingo. Ela saiu de casa e os pais não conseguiram mais contato. Uma amiga dela contou que recebeu um telefonema de Ana Cristina que relatou que ia se encontrar com o policial Sales. Ele teria ligado para ela e marcado o encontro para discutirem a gravidez. Esta é a principal ligação dele com o crime. O bebê de 8 meses seria o segundo filho de Ana Cristina.
No boletim de ocorrência feito pela família no domingo (22), por volta das 20h, foi registrado que a vítima tinha saído de casa com uma blusa verde e calça leg. Também constava que, para qualquer lugar que ia, avisava os familiares. Algo que não aconteceu na manhã do desaparecimento.
Depoimento - Até o fechamento desta edição, às 20h, não havia terminado o depoimento do policial. Ele chegou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) às 15h45, escoltado por 3 militares da Rotam e trajando camisa regata e short. Além do coronel Farias e do delegado titular da DHPP, Márcio Pieroni, mais de 10 policiais acompanhavam o depoimento.
Segundo testemunhas, todo o tempo o acusado estava de cabeça baixa e negava o crime. "A Constituição dá esse direito a ele (negar). Mas desde ontem (segunda-feira) ele está detido administrativamente no Batalhão da Rotam", disse Farias.
Segundo ele, o motivo para a prisão, já que Sales nega o assassinato, é que todos os indícios apontam para ele, o único suspeito.
Na manhã de ontem, ao ser solicitado o seu automóvel, o acusado disse que possuía um carro Corsa branco. No entanto, foi descoberto que, após a morte de Ana Cristina, Sales teria vendido o seu automóvel, um Gol preto. Esse é outro indício sobre o crime.
Ao sair da sala de depoimento, o comandante Farias destacou à imprensa que o caso só havia tido essa repercussão por ser um funcionário público (acusado). "Se ele fosse de alguma empresa privada não havia tudo isso".
Apesar de ter sido ouvida pelo delegado na segunda-feira à noite, a esposa de Sales esteve novamente na DHPP para mais informações. Ela passou acompanhada de policiais e não quis se pronunciar.
Localização - A localização do corpo da corretora de seguros mobilizou a cúpula da Polícia Militar do Estado, que determinou a prisão administrativa imediata do soldado PM da Rotam. O corpo foi localizado por volta das 9h de terça-feira (24), em uma rua paralela à Rodovia BR-364, cerca de 500 metros do antigo hospital Neuropsiquiátrico de Cuiabá.
Técnicos de uma empresa de telefonia, que trabalham na manutenção da rede, se depararam com o corpo, parcialmente encoberto pelo mato. Com a localização, na manhã de ontem, o policial recebeu a voz de prisão, informou o comandante da PM Lino de Farias. O comandante do Policiamento da Capital, coronel PM Zaqueu Barbosa, e o comandante da Rotam, major Airton Siqueira, também estiveram no local.
Um dos funcionários da empresa de telefonia, que não quis se identificar, afirmou que o corpo só foi encontrado porque estavam fazendo limpeza na mata para evitar queimadas. "A primeira coisa que fizemos foi chamar a Polícia e avisar a empresa. Não mexemos no corpo. Os policiais chegaram rápido, 15 minutos depois".
Segundo o delegado Márcio Pieroni, a perícia no veículo que supostamente levou a vítima ao local onde o corpo foi localizado pode revelar detalhes sobre o crime.
A jovem, que foi vista pela última vez na manhã de domingo, quando saiu de casa, no bairro Tijucal, para se encontrar com o acusado, estava descalça. Uma varredura foi feita em torno da área do corpo e um par de luvas de tecido, novas, foi achado nas imediações. Uma das hipóteses é que o assassino apenas jogou o corpo no local. Também foram apreendidos próximo ao corpo uma lata de cerveja e um cigarro, que também estão sendo analisados.
A delegada Anaíde Barros, adjunta da DHPP, acompanhou os peritos até o Instituto de Medicina Legal (IML), para acompanhar a necropsia. Como o corpo não apresentava sinais visíveis de violência, a Polícia solicitou o parecer do médico com maior urgência.
Indeterminada - O Instituto Médico Legal (IML) deu a causa morte como indeterminada. De acordo com a delegada Anaíde Barros, no corpo da jovem não foram encontrados projétil ou fraturas. Os pulmões não tinham característica de asfixia. A delegada apontou ainda que uma das suspeitas é a ingestão de remédio abortivo, mas que vísceras da vítimas foram recolhidas e encaminhadas para exames que devem ficar prontos em 15 dias.
Além disso, o médico legista não conseguiu confirmar se a criança chegou a nascer ou foi expulsa do útero da mãe.
Os familiares de Ana Cristina não quiseram se pronunciar sobre o caso. Uma tia da vítima, que não se identificou, disse que por telefone que ainda não havia data para o velório de Ana Cristina e que qualquer decisão seria tomada após a liberação do corpo.
Outro crime - Mais de um mês após o assassinato de Lucélia Mendes da Silva, 30, grávida de 6 meses, 2 dos acusados estão presos e um deles foragido. O crime aconteceu em Jangada (80 km ao norte de Cuiabá), em uma chácara. Silva teria sido vítima de envenenamento.
Os acusados Odair de Oliveira Bastos, 30, Francisnei Arcanjo da Silva, 19, e Virgílio de Almeida Sobrinho, 38, conhecido como Gil, teriam invadido o local, segundo informações da caseira da chácara, e obrigado Lucélia a ingerir um líquido de cor vermelha.
Além da caseira, o marido dela estava na propriedade e, quando chegou na casa, também foi detido pelos criminosos. Todos os invasores estavam encapuzados e não há energia elétrica no lugar. A iluminação é realizada por velas.
Odair e Francisnei estão respondendo o crime em liberdade, apesar da Polícia já ter emitido ao Ministério Público Estadual (MPE) o pedido de prisão preventiva. O líquido foi enviado a Cuiabá para análise, mas ainda não se tem o resultado e nem previsão para o envio à Polícia de Jangada. "Existe apenas um perito de identificação de veneno para o Estado todo", disse um policial.
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/89374/visualizar/
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