O pai do garoto, Ricardo Gomes de Oliveira, de 50 anos, disse ao G1 que o filho permanece internado em estado grave na UTI de um hospital do Recife. Além de traumatismo craniano, ele teve várias escoriações na cabeça. “Os médicos dizem que ele está estável, mas o estado ainda é crítico, porque as pancadas na cabeça foram muito fortes. Ele está vomitando, está bem debilitado e não sei o que vai acontecer daqui para frente. A única coisa que ele me diz é ‘papai, não deixe que eu morra’”, disse Oliveira.

De acordo com o pai, os médicos afirmam que o garoto teve muita sorte, pois poderia ter quebrado o pescoço. “O brinquedo estava instalado perto de uma cerca com extremidades pontiagudas. Ele poderia ter batido com a cabeça ali e tido ferimentos muito maiores”, disse.

Oliveira garante que o menino tinha altura suficiente para andar no brinquedo. “Se ele não tivesse condições, havia monitores no local que teriam barrado a entrada dele. Outras crianças da mesma idade e tamanho também brincaram. Na minha opinião, houve falha e negligência na hora de prender o meu filho no aparelho. Se ele estivesse bem amarrado, nada teria soltado”, afirmou.

O pai afirmou que registrou um boletim de ocorrência na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) do Recife, que vai investigar o caso. Ele disse também que pretender procurar um advogado e tomar providências contra a casa de eventos.

“Quero saber quem foi o culpado, precisamos apurar esse fato. A casa de eventos tinha uma estrutura boa, com monitores, mas eu vi meu filho quase morrer. Isso não pode acontecer com mais nenhuma criança”, disse.

A direção da casa de festas onde o acidente aconteceu informou que não vai comentar o caso.