Ex-governador e candidato a uma vaga no Senado Blairo Maggi (PR) afirma que, apesar da campanha eleitoral, a rivalidade deve ser saudável.
Wilson e Mendes são meus amigos, diz Maggi sobre guerra em campanha

Mesmo diante das duras críticas que tem recebido sobre sua gestão, o ex-governador Blairo Maggi (PR), que agora tenta uma vaga no Senado, ressaltou que a campanha eleitoral não interfere em suas relações pessoais. “Política não deve se misturar com amizades. Gosto de preservar todas as amizades que tenho, mesmo que sejam adversários na política, como o próprio Wilson Santos (concorrente ao Paiaguás pelo PSDB), que é um grande amigo meu, assim como Mauro Mendes (candidato pelo PSB) também é “, explicou. “Na política não precisamos fazer inimigos”, concluiu.

Apesar disso, o clima é de total rivalidade na reta final para o pleito. Seus dois amigos não economizam ataques ao candidato à sua sucessão, governador Silval Barbosa (PMDB), inclusive, lembrando pontualmente o episódio que ficou conhecido como escândalo do maquinário, quando o Governo teria adquirido máquinas para o programa “MT 100% Equipado” com cerca de R$ 44 milhões de superfaturamento. As principais acusações ficam na área da saúde, em que Wilson e Mendes defendem que a administração estadual não cumpre a legislação, aplicando o mínimo determinado pela Constituição na pasta. Da mesma forma, Maggi atacou a gestão do ex-prefeito de Cuiabá em relação ao setor, nesta segunda (10) – veja aqui.

O cenário fica ainda mais conturbado quando os candidatos saem em defesa dos concorrentes ao Senado por suas respectivas coligações. Wilson pede votos para o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB), que recentemente protagonizou um embate com o companheiro do mesmo grupo de Maggi, o candidato ao Senado, deputado federal Carlos Abicalil (PT). O tucano ainda tem em sua chapa o senador Jorge Yanai (DEM).

Já Mendes, que nas eleições municipais contou com o apoio do ex-governador, quando pertenciam à mesma legenda, rompeu bruscamente com o grupo governista numa tentativa de se mostrar como oposição para conquistar os eleitores. Ele se desfiliou do PR e provocou um racha na legenda, levando para seu projeto um dos braços direitos de Maggi em sua campanha para o Governo, em 2006, Moisés Sachetti (PR), que acabou saindo do partido para apoiar o empresário.

O candidato do PSB pede votos para o ex-procurador da República, Pedro Taques (PDT), na corrida rumo ao Senado e sai em buca das lideranças ligadas a ambos no passado. Mendes ainda tem em seu grupo um segundo candidato ao cargo, Naildo Lopes (PV).