Dinheiro guardado após desvio em licitação financia disputa, diz Magno

O candidato ao Governo Marcos Magno (PSOL), que figura nas pesquisas de intenção de voto na lanterna, acusou os seus adversários políticos de utilizarem dinheiro desviado de licitações para angariar votos. “Eu não concordo com essa diferença dos gastos. Acredito que outros candidatos usam recursos desviados de licitações já realizadas e que estavam guardados só para serem usados na campanha”, alfinetou o socialista, sem citar nomes, durante entrevista concedida à rádio Band FM e TV Cidade Verde, afiliada a Rede Bandeirantes.

Instantes depois, ele fez questão de lembrar as denúncias relacionadas ao suposto superfaturamento na compra de 705 máquinas para o programa “ Mato Grosso 100% Equipado” durante a gestão do ex-governador Blairo Maggi (PR), que disputa o Senado. Ele criticou também o governador Silval Barbosa (PMDB). “Ele (Silval) está desgastado, mas está gastando e muito para se manter na primeira colocação nas pesquisas”, atacou Magno.

As primeiras posições, segundo os institutos de pesquisa, são ocupados por Silval, Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB), respectivamente. O socialista alega que está na “lanterna” porque não consegue competir financeiramente com os adversários. Justamente por isso, defende o financiamento público de campanha. “Os que mais gastam estão em primeiro lugar. Se todos tivessem como gastar a mesma coisa, isso poderia ser diferente”, afirmou.

  Otimista, ele acredita que pode subir nas intenções de voto nestes últimos dias de campanha, chegando, inclusive, ao segundo turno. “Eu até acredito nas pesquisas. Mas acho que elas são uma fotografia do momento e que no dia 3 de outubro tudo poder mudar”, avaliou. Entre as propostas apresentadas pelo socialista estão a ampliação do percentual de investimento na educação de 25% para 35% do orçamento anual do Estado e a redução dos repasses anuais à Assembleia, ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual. Na área da segurança, por exemplo, garante que vai priorizar o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, além de exigir ajuda financeira do governo federal para garantir o policiamento da fronteira. Ele também prometeu selecionar todos os secretários a partir do ponto de vista técnica e não por indicação ou acordos políticos.