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Nacional
Segunda - 27 de Setembro de 2010 às 10:30

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Por que tantas vezes marido e mulher não se entendem? Porque cada um tem um histórico de vida – a gestação, a infância, a maneira como foram educados por seus pais, a escola, a maneira como foram informados sobre a sexualidade,  as rejeições da adolescência - tais marcas acabam incidindo sobre o casamento.

Posto isso, fica mais fácil entender por que acabamos ferindo as pessoas que mais amamos. A relação entre marido e mulher é análoga a um recipiente cheio d’água que, a certa altura, começa a transbordar. Eles derramam aquilo que está em excesso justamente sobre as pessoas que mais amam.

O marido tem certeza de que sua mulher o ama, uma vez que ela já deu muitas demonstrações disso, mas mesmo assim ele se excede com ela. Às vezes, não se trata de nada grave, contudo, derramou sobre ela todo o seu negativismo, que geralmente não tem uma causa, sendo apenas reflexo do passado. Certamente esse marido precisa de muita cura e libertação. E a beleza de tudo isso é que o Senhor quer curar e libertar. Por isso, é preciso buscar a cura dessas coisas concretas.

Digo isso sem a intenção de manifestar que as mulheres sejam santas e os maridos vilões, porque a mesma coisa também acontece com elas. Quantas e quantas vezes o marido chega em casa e a mulher derrama sobre ele uma enxurrada de reclamações que ele sequer entende. Uma infinidade de queixas que, quando analisadas, descobre-se que não são o verdadeiro motivo do desentendimento. Possivelmente, uma simples atitude tenha sido a gota que fez o recipiente transbordar. Então, em virtude de um passado doloroso surgem aqueles enormes problemas entre o casal.

Uma hipótese é que a esposa talvez tenha sido humilhada e rejeitada desde a infância. Deus caprichou nas mulheres e as criou cheias de amor, mas, talvez essa mulher não tenha conseguido amar nem ser amada, pelo contrário, tenha sido ignorada e manipulada, carregando toda essa carga quando se casou com seu marido. Talvez ninguém tenha lhe permitido crescer como mulher, em sua feminilidade. Talvez tenha sido reprimida naquilo em que era mais ela mesma, por causa da educação recebida em casa, a qual não condizia com o seu interior. Ela observava o comportamento das colegas e o que mostravam os romances, as novelas e filmes. Quem sabe ela tenha até sonhado e mesmo tentado vivenciar tais acontecimentos, mas sentia que estes não condiziam com seu interior. Foram experiências interiores ruins e sofridas de incapacidade de ser o que se é. Nosso ser sofre por não conseguir ser aquilo que Deus o criou.

Tudo isso foi mencionado para que entendamos que a vivência no Espírito deve atingir a nossa vida concreta. É essa a pretensão do Senhor.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova e Presidente de Honra da Fundação João Paulo II. É autor de 48 livros, milhares de palestras em áudio e vídeo. Acesse: www.padrejonas.com / http://twitter.com/padrejonasabib






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