Seduc abre sindicância para apurar crime eleitoral

Uma sindicância administrativa será instaurada pela secretaria de Estado de Educação (Seduc) para investigar suposto crime eleitoral e uso do órgão para campanha de candidatos. A determinação partiu da secretária da pasta Rosa Neide e foi publicada no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (23), que circula nesta segunda (27).

O advogado Gustavo de Faria Moreira Teixeira, que atua na assessoria jurídica da Seduc, vai conduzir a sindicância diante da investigação aberta pela Procuradoria Regional após a denúncia do uso do órgão para beneficiar os candidatos do PT Carlos Abicalil e Ságuas Moraes, que disputam vagas de senador e deputado federal.

A secretária de Educação terá até o dia 3 de outubro para dar início aos trabalhos e 30 dias para concluir a investigação. Ságuas comandou a Seduc até o mês de março antes de passar o comando para Rosa Neide, também indicada para o cargo pelo PT.

A denúncia é de que uma servidora teria usado a estrutura da pasta para enviar e-mails com convites para atos políticos dos petistas e foi encaminhada ao procurador regional eleitoral Thiago Lemos pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), depois que Ságuas deixou a secretaria.

A assessoria da Seduc informou que o computador da servidora foi apreendido pela PF durante busca e apreensão determinada na última terça-feira (21) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O mandato atende pedido da Procuradoria, no entanto, um pronunciamento oficial sobre o caso só será feito depois das investigações serem concluídas.

O presidente do TRE, desembargador Rui Ramos, disse que a denúncia corre em sigilo e, por isso, não poderá fornecer detalhes do caso.

Outro lado

O deputado estadual e candidato a deputado federal, Ságuas Morares, afirmou em entrevista ao Olhar Direto que a denúncia tem cunho político  e o objetivo de tentar desestabilizar sua candidatura. Segundo ele, a servidora da Seduc não teria usado o órgão para fazer campanha e enviou os e-mails do computador da casa dela. Mas admitiu que ela teria usado o e-mail funcional da Seduc, o que ocasiou o problema.