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Tecnologia
Terça - 28 de Setembro de 2010 às 16:58

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Os pesquisadores Stefan Lämmer, da Universidade de Tecnologia de Dresden, na Alemanha, e Dirk Helbing, do ETH (Eidgenössische Technische Hochschule) de Zurique, mostraram que a ideia de controlar o tráfego com os semáforos pode ter uma nova abordagem. Em um artigo ainda em processo de publicação, os pesquisadores apresentaram uma nova maneira de gerenciamento dos semáforos de grandes cidades, em que eles tomam decisões por conta própria e se comunicam uns com os outros.

De acordo com o site Alpha Galileo, apenas nos Estados Unidos os atrasos em decorrência do trânsito chegam a custar US$ 100 bilhões, cerca de R$ 175 milhões, todos os anos, gerando ainda desperdício de 10 bilhões de litros de combustível.

Atualmente, a maioria dos sistemas faz a ciclagem das luzes de forma regular, abrindo e fechando os semáforos em intervalos bastante constantes. Porém, o que os dois pesquisadores afirmam é que padrões menos ordenados podem reduzir drasticamente o tempo que os carros ficam parados no farol vermelho, diminuindo, consequentemente, o trânsito.

O método mais comum de se organizar o trânsito é configurar os tempos de abertura e fechamento dos semáforo de acordo com os padrões conhecidos de tráfego (em determinadas regiões e horários), requerendo, entretanto, engenheiros e supercomputadores para isso.

Lämmer e Helbin criaram um sistema que permite que as luzes "se comuniquem" umas com as outras, ajustando automaticamente os tempos de acordo com o fluxo de automóveis em cada local, explica o site Planet Green. Sensores captam o número de veículos e um chip estima o fluxo de veículos em um futuro próximo, determinando o tempo que o farol poderá ficar aberto ou fechado.

O sistema é conectado e ações em um local são percebidas por outros. Assim, o sistema como um todo atua para aumentar a eficiência do fluxo de automóveis. Nas simulações dos dois pesquisadores, houve reduções consideráveis no trânsito e, ao contrário do que se possa imaginar, os padrões mais "caóticos" das luzes é que obtiveram melhores resultados.

Segundo Helbing, o sistema pode ainda evitar outras dores de cabeças de motoristas como ficar muito tempo parado em vias secundárias e transversais a grandes avenidas em horários de pico, por exemplo, ou luzes vermelhas mesmo no meio da madrugada.

Na mesma linha de tendência, em março deste ano, uma parceria entre BMW e Siemens apresentou um sistema que permite que carros enviem informações sobre as condições das vias aos semáforos, conforme contou o site Tree Hugger na época.

Hoje já existem alguns semáforos inteligentes no Brasil, principalmente nas maiores cidades, funcionando com sensores instalados sob o asfalto, próximos aos cruzamentos, que medem a demanda de veículos. Porém, muitos destes sensores são rompidos pelo tempo de uso, recapeamentos e até pelas concessionárias, ao fazer a abertura de valas, explica o site da Intelog, que julga o sistema não tão inteligente assim.
 




Fonte: Geek

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