Um terço da AL é renovado; antigos figurões ficam fora
Um terço das cadeiras da Assembleia Legislativa Estadual terá novo dono a partir de janeiro de 2011. Dos 24 atuais deputados estaduais, 16 conseguiram se reeleger, mas alguns "figurões", como, por exemplo, Chica Nunes (DEM) e Adalto de Freitas (PMDB), o Daltinho, ficaram de fora, engolidos pela concorrência de suas respectivas chapas e pelos oito "novatos".
Entre os reeleitos, estão os campeões de votos, José Riva (PP) e Sérgio Ricardo (PR). Ambos garantiram, para seus respectivos partidos, bancadas que terão peso no legislativo estadual. Outros que se reafirmaram como caciques naquela casa de leis foram Percival Muniz (PPS), Guilherme Maluf (PSDB), Zé Domingos Fraga (DEM) e Mauro Savi (PR).
As verdadeiras surpresas entre os novos nomes na Assembleia são dois candidatos da coligação "Por Um Mato Grosso Melhor Para Você". A chapa era desdenhada pelos rivais, mas elegeu três deputados, entre eles os "novatos" Zeca Viana (PDT), empresário de Primavera do Leste e irmão do atual prefeito daquele município, Getúlio Viana, e a pecuarista Luciana Bezerra (PSB), esposa do ex-prefeito de Juara Oscar Bezerra.
Também destaca-se o novato Ezequiel Fonseca (PP), o segundo mais votado do Partido Progressista, superando reeleitos como Airton Português (PP) e DR. Azambuja (PP), além do popular Walter Rabello (PP). Outro nome de peso da "nova" geração é Romoaldo Júnior (PMDB), que teve votação expressiva e se firmou em uma coligação concorrida de PR, PMDB e PT. Entretanto, ele já exerceu dois mandatos como deputado, entre 90 e 97.
Outro "novo" na Assembleia é Dilmar Dal Bosco (DEM), irmão de Dilceu Dal Bosco (DEM), que abandonou o projeto de reeleição no legislativo estadual para ser candidato a vice de Wilson Santos (PSDB), em um fracassado projeto político para assumir a Governo de Mato Grosso. Apesar de ser neófito em disputas eleitorais, ele beneficiou-se da base eleitoral do irmão e superou Gilmar Fabris (DEM) na disputa interna.
O ex-secretário de Estado de Esportes Baiano Filho (PMDB) e Teté Bezerra (PMDB), que superaram, na disputa interna da coligação, o deputado J. Barreto (PR), que conseguiu a reeleição. Luiz Marinho (PTB), ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, fez jus as pesquisas e foi eleito pela ‘frentinha’.
Os "afogados"
Entre os nomes que "decepcionaram" na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa está o empresário Carlos Avalone (PSDB) e Carlos Carlão (PSDB). Ambos eram grandes esperanças de votos para os tucanos. Já pelo DEM, Chica Nunes, que foi expulsa do PSDB, ficou "a ver navios" na busca pela reeleição. Gilmar Fabris (DEM), apesar de estar com a candidatura sub judici, só tem votos para ser o primeiro suplente da coligação DEM-PSDB.
Adalto de Freitas, conhecido como Daltinho, também viu naufragar os planos de reeleição. Prejudicado pelo grande número de candidatos da região do Araguaia, inclusive sua ex-mulher Lilian Karla (PDT), o atual líder do PMDB na Assembleia ficará de fora do parlamento estadual.
Outro "naufrago" foi o petista Alexandre César. Mesmo após atuar praticamente por um mandato no lugar de Ságuas Moraes (PT) e ser apoiado pelo mesmo, que se elegeu na Câmara Federal, Alexandre César continua sem vencer nenhuma eleição desde que entrou na vida política. Ele já foi derrotado na disputa ao governo de MT, a Prefeitura de Cuiabá e, pela segunda vez, a Assembleia Legislativa.
Vera Araújo (PT), conhecida com Verinha, é a segunda petista na lista dos desafortunados em uma disputa pela Assembleia. Pela segunda vez consecutiva, a candidata não conseguiu se eleger. O vereador Lúdio Cabral (PT) é outro da mesma sigla a não conseguir sobreviver em meio a concorrência interna da coligação.
Quem também afundou no mar político de Mato Grosso foi Maksuês Leite (PP). Eleito em 2006 com as "sobras" de Riva, ele perdeu espaço em Várzea Grande, sua principal base eleitoral, após ter se aliado a Júlio Campos (DEM) em 2008 na disputa pela prefeitura daquele município.
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