Goleiro Bruno e Fernanda passam mal durante audiência em Minas
O goleiro Bruno Fernandes de Souza e a ex-namorada Fernanda Gomes de Castro voltaram a passar mal nesta quinta-feira durante a audiência na Justiça em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). A sessão, acompanhada pelos acusados de envolvimento no sequestro da ex-amante de Bruno Eliza Samudio, foi presidida pela juíza Ana Paula Ferreira de Freitas.
Fernanda reclamou a bombeiros que acompanhavam a sessão que estava se sentindo mal, e pediu para deixar o local pois sentia falta de ar. Os bombeiros constataram que ela estava com a pressão baixa, ela foi medicada e voltou à sala.
O goleiro Bruno também enfrentou problemas e reclamou que passava mal. Ele pediu para deixar a sala e foi ao banheiro, onde vomitou. Atendido pelos bombeiros, ele confirmou que está tomando antidepressivos e que se alimentado pouco na penitenciária Nelson Hungria, pois não tem apetite. Ele disse também que não está fazendo exercícios.
De acordo a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, Bruno jantou nesta quarta-feira (6) normalmente, e tomou café da manhã nesta quinta-feira antes de deixar o presídio. Ainda segundo a secretaria, ele tem direito a banho de sol todas as manhãs, e o comportamento de Bruno na penitenciária tem sido considerado normal.
PROCESSO
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o plano era ouvir 16 testemunhas, mas três não conseguiram ser intimadas. Todas são testemunhas de defesa: uma é de Dayanne Souza (mulher de Bruno) e as outras são de Marcos Aparecido de Souza, conhecido como Bola.
Como Bruno estava com atestado médico, o TJ chegou a divulgar que o goleiro não participaria da audiência. No entanto, como havia melhorado, o jogador foi transferido ao fórum de Vespasiano.
A Justiça tem marcado uma série de audiências relativas ao processo envolvendo o jogador. Na quarta (6), uma audiência em Ribeirão das Neves (MG) pretendia ouvir 21 testemunhas. No entanto, apenas cinco foram interrogadas --duas da acusação e três tanto da defesa quanto da acusação. As outras 16 testemunhas, todas da defesa, devem ser ouvidas em nova audiência no dia 3 de novembro.
Para os próximos dias estão marcados mais três interrogatórios, todos eles em Contagem (MG), previstos para começar às 8h. No próximo dia 8, a Justiça ouve cerca de cinco pessoas, dentre elas o adolescente primo do goleiro. No dia 13 de outubro está marcada uma audiência para ouvir cerca de 20 pessoas. No dia 14, a Justiça deve ouvir o goleiro Bruno e os outros réus no processo.
A defesa do goleiro chegou a pedir que fosse suspenso o processo contra Bruno que corre em Contagem. A defesa afirma que a comarca não tem competência para julgar o caso, uma vez que o "pretenso assassinato" teria ocorrido na casa de Marcos Aparecido de Souza, conhecido como Bola, em Vespasiano (MG).
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de suspensão do processo. A decisão ainda é provisória. O mérito do pedido ainda será julgado, mas a data ainda não foi determinada.
Bruno foi denunciado pelo suposto assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio, que afirmava ter tido um filho do jogador. A jovem Eliza foi vista pela última vez em junho. A Polícia Civil de Minas concluiu que ela foi assassinada a mando de Bruno e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
Também respondem pelo crime Elenilson Vitor da Silva (administrador do sítio de Bruno), Wemerson Marques de Souza (o Coxinha), Flávio Caetano de Araújo e Sérgio Rosa Sales, o Camelo (primo de Bruno).
MAL-ESTAR
Um pouco antes da audiência em Ribeirão das Neves, nesta quarta-feira, Bruno passou mal, desmaiou duas vezes e foi submetido a exames no hospital João 23, em Belo Horizonte.
O goleiro foi liberado por volta das 16h com a recomendação de repouso e hidratação. Os exames constataram apenas uma leve sinusite, segundo a assessoria do hospital. Nenhuma medicação foi receitada. Ao ser liberado, o jogador voltou ao presídio Nelson Hungria, em Contagem (MG).
Nesta terça-feira (5), o goleiro já tinha passado mal prisão. Ele sentiu dores de cabeça e vomitou.
Inicialmente, foi atendido na enfermaria do presídio, mas em seguida foi encaminhado para uma clínica, onde teve a pressão aferida e tomou soro.
Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional, ele retornou para a unidade prisional, já passando bem.
Com o desmaio na audiência desta quarta, foi a terceira vez que Bruno foi encaminhado para o hospital desde que foi preso.
No último dia 23, ele recebeu atendimento no Hospital Socor, após se queixar de dores e problemas para dormir. Ele também foi avaliado por portar remédios controlados, sem receita médica.
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