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Cidades
Sexta - 29 de Outubro de 2010 às 21:24
Por: ESTELITA HASS CARAZZAI

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Depois de uma reunião com representantes do governo de Rondônia e do Ministério Público, os manifestantes que bloqueavam a entrada do canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, resolveram liberar a passagem de caminhões e trabalhadores na noite desta sexta-feira (29).

Desde a madrugada de quarta-feira, cerca de 300 pessoas proibiam a entrada na obra, que integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, e é a segunda maior hidrelétrica em construção no país.

Elas protestam contra o valor das indenizações pagas pelo consórcio construtor às áreas que serão alagadas e contra o descumprimento de medidas de programas de apoio aos índios kaxararis. Também participam do protesto garimpeiros da região, que pedem compensações à usina.

Na reunião de hoje, ficou acertado que os manifestantes irão liberar a passagem, já que o ritmo da obra começava a ficar comprometido. Segundo o Consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pela construção da usina, faltava gás, alimentos e combustível para os trabalhadores que estão alojados dentro do canteiro de obras.

De acordo com o Ministério Público Federal, que participou da reunião, os manifestantes continuarão no local pelo menos até quinta-feira, quando haverá uma nova reunião entre representantes do consórcio e os moradores para tentar chegar a um acordo.

O Consórcio Energia Sustentável do Brasil afirma que o valor pago pelos terrenos é justo e foi calculado segundo normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para avaliação de imóveis rurais e urbanos.

Quanto ao programa de compensações para os indígenas, o consórcio afirma que um plano de trabalho, que inclui ações de proteção ao território, já foi aprovado pela Funai (Fundação Nacional do Índio) e que sua aplicação depende apenas de trâmites burocráticos.
 






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