As trigêmeas nasceram de inseminação artificial e uma delas teria sido rejeitada pela família após o nascimento em uma maternidade de Curitiba, no dia 24 de fevereiro deste ano. Segundo o médico que implantou os embriões na mulher, Karan Abou Saad, o pai esperava que o tratamento resultasse no nascimento de no máximo dois bebês. Uma liminar determinou que as três crianças fossem levadas pelo Conselho Tutelar, depois de a maternidade ter acionado o Ministério Público. O caso segue em segredo de Justiça.
Em entrevista ao G1, a advogada disse que a história de que o pai teria tentado abandonar uma das filhas no hospital é verídica “somente em partes”. Contudo, Zanardini não apresentou a versão do casal, cliente dela, para o caso. O processo corre “sob segredo de Justiça e nem sei como vieram essas informações para a imprensa. A maioria delas equivocadas e inverdadeiras (sic)”, afirmou a advogada.
Um pedido, em nome das crianças, enviado à Justiça solicitando o direito de ser amamentadas e visitadas pela mãe resultou na concessão de uma visita semanal de duas horas. “No Estatuto da Criança e do Adolescente é estabelecido que se deve priorizar o convívio familiar”, ressaltou Zanardini.
A maternidade onde as meninas nasceram, e responsável em acionar o Ministério Público, não se pronuncia sobre o assunto.
Karan Abou Saad informou que os pais sabiam que nasceriam três bebês desde os primeiros exames da gravidez. Em entrevista ao G1, o médico disse que em 36 anos de profissão nunca tinha visto uma situação destas. "Pra mim é uma novidade, nunca vi um casal rejeitar um filho após um tratamento para engravidar", afirmou.
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