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Cidades
Terça - 12 de Abril de 2011 às 14:00
Por: Julia Munhoz

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Enfrentando o que pode ser considerada uma ‘rebelião’ por parte dos agentes prisionais contratados pelo Governo do Estado, o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Paulo Lessa, afirmou na manhã desta terça-feira (12) que as recentes fugas em cadeias e presídios de Mato Grosso fazem parte de um ‘boicote’ arquitetado pelos servidores que serão exonerados para a nomeação de efetivos.

Nos três primeiros meses deste ano 92 presos fugiram de cadeias públicas e presídios do Estado, e através de um levantamento realizado pela Secretaria foi possível constatar que a maioria dos casos aconteceu em locais onde há um grande número de servidores contratados.

“Identificamos que as fugas são uma reação dos agentes contratados temporariamente, que não se conformam. O boicote e a corrupção não passarão impunes”, atestou Paulo Lessa, ao reforçar que já foram instaurados 70 processos administrativos para investigar agentes e detentos envolvidos em fugas.

Segundo Lessa, somente nesta terça já foram 538 agentes prisionais e 233 orientadores aprovados no concurso convocados e até o dia 31 de maio um total de 850 concursados serão efetivados. Todos serão capacitados, bem como os servidores antigos, que passarão por um processo de reciclagem.

O secretário informou ainda que além dos processos administrativos outras ações estão sendo realizadas para coibir os ‘boicotes’ e pontuou que um dos fatores que causou a reação foi o fato de alguns contratos terem durado cerca de dez anos, o que desrespeita a legislação já que deveriam ser apenas temporários.

“O que você menos espera é boicote e traição. Alguns servidores trabalharam tantos anos no sistema prisional e não entendo porque no final da carreira suja o nome desta forma”, finalizou.

 






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