Eduardo Zeferino, de Dom Aquino, é acusado de abusar de, pelo menos, cinco meninas de 5 a 11 anos
Acusado de estuprar crianças, prefeito continua livre
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça ainda está analisando a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o prefeito de Dom Aquino (166 km ao Sul de Cuiabá), Eduardo Zeferino (PR). Ele é acusado de abusar sexualmente de, pelo menos, cinco meninas com idade entre 5 e 11 anos.
As denúncias foram registradas pela Polícia Civil do município em agosto do ano passado. Em depoimento, as crianças confirmaram os abusos, que foram negados por Zeferino. Apesar de ser indiciado, o prefeito sequer chegou a ser preso e despacha normalmente, em seu gabinete.
A investigação do caso foi conduzida, inicialmente, pelo delegado Victor Teixeira e finalizada pelo delegado de Campo Verde (140 km ao Sul da Capital), Fernando Vasco Spinelli, que indiciou o prefeito pelo crime de atentado ao pudor e abuso sexual.
Agora, cabe a Justiça acatar a denúncia feita pelo Ministério Público. Caso seja aceita, Zeferino irá responder uma ação penal, podendo ser condenada pelo crime. Se for condenado, poderá pegar de 6 a 10 anos de prisão, por cada vítima que abusou.
Inocência
Ao MidiaNews, o advogado do prefeito, Paulo Humberto Budoia, voltou a alegar que seu cliente é inocente. Segundo ele, entre as provas da inocência de Zeferino, está o fato de a população do município não ter realizado nem um ato de rebelia contra ele.
"Se a população, até hoje, não se rebelou é porque a denúncia não teve credibilidade. Houve muita especulação do caso e divulgaram fatos que não são verdadeiros", afirmou o advogado.
Conforme Budoia, até agora, não houve nenhuma intimação por parte da Justiça para que a defesa apresente suas justificativas; mas, quando houver, os prazos serão cumpridos rigorosamente. O processo corre em segredo de Justiça.
Silêncio
O prefeito tem-se recusado a falar com jornalistas. Na última vez em que ele se manifestou, foi em uma entrevista a uma emissora de TV de Cuiabá, dias após ser denunciado pelo crime, e negou ter praticado abuso contra as meninas.
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