Durante a manhã de sexta, a mulher de 65 anos não se sentiu bem. A filha dela pediu uma ambulância para levá-la até o hospital mais próximo. “O horário do motorista estava terminando e ele falou que não ia levar”, disse a filha. No boletim de ocorrência, uma enfermeira disse que chamou o motorista pelo interfone, mas não teve retorno. Quando percebeu, o funcionário já tinha ido embora.
Diante da confusão, o marido da vítima, que é motorista da prefeitura, conseguiu autorização da diretora de Saúde para dirigir a ambulância. Apesar disso, nenhum médico ou enfermeiro acompanhou a viagem. Na ambulância estavam apenas o marido, a filha e uma sobrinha da aposentada.
A mulher teve um infarto e morreu assim que chegou à Santa Casa de Araraquara. O médico que recebeu a paciente registrou um boletim de ocorrência por omissão de socorro.
A diretora de Saúde de Santa Lúcia disse que a prefeitura abriu um processo administrativo. O motorista, médicos, enfermeiros e parentes da vítima devem ser ouvidos ainda nesta semana. “A norma é a enfermeira acompanhar. É obrigação do motorista levar, mesmo que o horário esteja acabando. A prefeitura paga hora extra”, disse a diretora.
Comentários