Samir Kehdi é acusado de erro médico que resultou na morte de Rosimere Aparecida
Cirurgião plástico vai a novo julgamento hoje no CRM
O Conselho Regional de Medicina julga nesta terça-feira (26), às 20h, o processo administrativo aberto em desfavor do médico cirurgião plástico, Samir Khedi. Ele é acusado de erro médico durante procedimento cirúrgico que levou à morte da gerente administrativa Rosimere Aparecida Soares. O fato aconteceu em dezembro de 2007, em Cuiabá.
Em dezembro de 2009, Khedi havia sido condenado à pena de censura pública pelo CRM. Ele obteve 11 votos pela condenação e quatro contra. No entanto, a punição foi anulada recentemente pelo Conselho Federal de Medicina, sob alegação de que houve "vício procedimental".
O relatório do procedimento será julgado durante sessão plenária, que deve ser composta pelo presidente do conselho, o conselheiro relator, conselheiro revisor e ao menos 21 dos 42 conselheiros que fazem parte do órgão.
Além disso, deverão estar presentes as partes juntamente com os advogados. No caso da família, a defesa é feita pelo advogado Alfredo Gonzaga que fará sustentação oral.
Se comprovado o erro, o cirurgião poderá ser punido com uma advertência ou, até mesmo, com a cassação do registro profissional.
Homicídio culposo
Em julho de 2009, o cirurgião Khedi foi condenado por homicídio culposo (sem intenção de matar), com aumento de pena por inobservância de regras técnicas, conforme decisão da juíza Maria Cristina de Oliveira Simões, que respondia pela 10ª Vara Criminal de Cuiabá, quando o processo foi instaurado.
De acordo com a sentença, a pena foi fixada em um ano de detenção, com aumento de quatro meses por inobservância de regra técnica da profissão. No entanto, foi revertida em prestação de serviços à comunidade, no Hospital do Câncer, durante um ano, com oito horas semanais, inclusive, aos sábados.
Além disso, o cirurgião foi multado em dez salários mínimos. Os advogados da família da vítima ingressaram na Justiça com pedido da revisão da pena. A defesa de Khedi também entrou com recurso. Ambos foram acatados pela 10ª Vara Criminal de Cuiabá e, hoje, estão no Tribunal de Justiça para apreciação.
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