Novas regras para fitoterápicos entram em vigor na Europa
A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Guardian" nesta segunda-feira.
Segundo os novos termos, os fitoterápicos terão de ser registrados. Os produtos devem atender aos padrões de qualidade, segurança e produção, e apresentar informações que descrevem possíveis efeitos colaterais.
Fitoterapeutas e fabricantes dizem temer as novas regras.
Uma pesquisa realizada pela agência que controla produtos de saúde e medicamentos no Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) em 2009 mostrou que 26% dos adultos no Reino Unido havia tomado um medicamento herbal nos últimos dois anos. A maioria tinha sido comprada no balcão de lojas de produtos naturais e farmácias.
Os ingredientes mais usados já registrados incluem equinácea --para resfriados; erva de St. John --depressão e ansiedade, e valeriana, para aliviar a insônia.
A agência disse que espera promover uma abordagem mais cautelosa do uso de fitoterápicos, depois que o estudo constatou que 58% dos entrevistados acreditam que esses produtos são seguros porque são "naturais". Na verdade, eles podem ter efeitos colaterais prejudiciais.
Em fevereiro, a MHRA emitiu um alerta sobre o produto para perda de peso à base de plantas Herbal Flos Lonicerae (Herbal Xenicol), depois que testes mostraram que continha mais de duas vezes a dose prescrita de uma substância proibida.
A última lei de medicamentos foi criada em 1968, quando apenas um punhado de ervas medicinais estava disponível.
A partir de agora, os fabricantes terão que provar que seus produtos foram feitos de acordo com as novas normas e contêm uma dose consistente e claramente marcada.
Os remédios que já estão à venda serão autorizados a permanecer nas prateleiras até a data de expiração.
A agência disse que recebeu 211 pedidos de aprovação de remédios de ervas desde então, sendo que 105 foram concedidos e os demais ainda estão em estudo. Os aprovados serão comercializados com o logotipo THR.
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