Segundo o comandante do 5º subgrupamento de Bombeiros de Coxim, capitão Wagner Antônio Dupin, o município tem três viaturas: a de resgate, autobusca rápida (para transporte de equipamentos) e a de incêndio. Em caso de desfalque, as equipes contam com o apoio da ambulância da prefeitura em situações como esta ou em acidentes com várias vítimas. Nem sempre o veículo está em Coxim, já que é usado no transporte de pacientes para Campo Grande.
Foi o que aconteceu em pelo menos três dos cinco dias. Segundo o Corpo de Bombeiros em Coxim, a caminhonete foi utilizada em 37 ocorrências, algumas com apoio da ambulância da prefeitura. O ideal, segundo a corporação, é que fosse utilizada a unidade de resgate.
Meios de fortuna
Entre as ocorrências, constam transporte de pacientes cardíacos, feridos em queda, emergências psiquiátricas e vítimas de derrame cerebral. Pelo menos três casos graves estão nesta lista: um rapaz com queimaduras decorrentes da explosão de botijão de gás, um ferido em acidente na BR-163 e um degolado. A prancha em que é colocado o paciente foi levada na carroceira da caminhonete até o hospital.
“A gente fica entre a cruz e a espada”, disse o comandante. “Prefiro ser chamado a atenção por usar caminhonete do que ser acusado de omissão de socorro”, explicou. Segundo Dupin, a situação é chamada de "meios de fortuna": a utilização de métodos de sobrevivência improvisados com recursos do próprio ambiente.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, coronel Ociel Ortiz Elias, o expediente “não é coisa do outro mundo”, já que a viatura AS24 também acompanha a equipe no atendimento à ocorrências, como apoio, independentemente da presença do veículo de resgate. “A caminhonete também pode fazer parte do socorro”. O coronel Ociel disse que tinha conhecimento que o veículo foi usado em apenas três casos de gravidade e iria pedir informações sobre o caso.
Viatura de apoio foi utilizada em 37 ocorrências, em cinco dias, em Coxim (Foto: Edição de Notícias)
Comentários