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Terça - 07 de Junho de 2011 às 07:09

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Divulgação

Depois de reunir cerca de 300 pessoas na Avenida Paulista no último domingo e de provocar muita discussão nas redes sociais, a Marcha das Vadias está prevista para ser realizada em Brasília no dia 18. O evento é um protesto pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma livre e nasceu em Toronto, no Canadá, em maio. Para o mesmo dia também está prevista uma marcha em Belo Horizonte.

Estudantes universitárias canadenses resolveram protestar depois que um policial sugeriu durante uma palestra que as alunas deveriam evitar se vestir como “vagabundas” (“slut” em inglês) para não serem vítimas de abuso sexual ou estupro. Conhecido como “Slutwalk”, o movimento ganhou força na internet, e a primeira edição da marcha, em Toronto, reuniu cerca de 3 mil mulheres vestidas de forma provocativa ou comportada, para chamar a atenção para a cultura de responsabilizar as vítimas de estupro pela agressão.

De acordo com a engenheira agrônoma Lia Padilha Fonseca, uma das organizadoras da marcha em Brasília, a previsão é que o evento reúna cerca de 300 pessoas. “Esperamos homens e mulheres, o movimento é feminista, não femista. A gente acredita em uma sociedade em que homens e mulheres tenham direitos igualitários”, afirma.

Já nesta semana, na quinta-feira (9), haverá um reunião para discutir pontos polêmicos sobre o assunto, inclusive o nome do evento. “Tem gente que afirma que o nome é pejorativo e está com medo de ir com medo por causa disso”, explica a antropóloga Júlia Zamboni, também da organização da edição brasiliense da marcha.

Lia afirma que o nome Marcha das Mulheres Livres seria até mais adequado para o contexto brasileiro, mas não chamaria tanta atenção. “Sendo vadias ou não, a gente quer ter o direito sobre o próprio corpo. O significado da marcha é maior”, afirma. A reunião será às 18h, em frente ao Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília.

A violência doméstica também deve entrar na pauta da reunião. “A gente tem uma outra causa que é muito forte, que á violência doméstica. É algo que já é naturalizado no Brasil, como se fosse algo comum. Não saberia dizer se somos mais machistas do que a média, mas o país está muito atrás na questão da igualdade de gênero”, avalia Júlia.

A concentração da Marcha das Vadias será às 14h, em frente ao shopping Conjunto Nacional. As manifestantes pretendem passar pela Rodoviária do Plano Piloto e pela Feira da Torre antes de ir para o Parque da Cidade, onde devem se encontrar com a Marcha pela Liberdade, organizada pelo movimento LGBT e por grupos que defendem a legalização do comércio de maconha e derivados.





Fonte: Do G1

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