O Hospital Regional em Campo Grande é a primeira instituição pública no Centro-Oeste a implantar um sistema de prevenção específico para o tromboembolismo venoso, doença popularmente conhecida como trombose.
A unidade vai seguir os critérios de um programa internacional. Cartazes com orientações foram espalhados pelos corredores e uma equipe de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos, começaram a receber treinamento. "Um programa como esse previne mortes evitáveis. O investimento salva vidas", comenta o diretor do HR, Ronaldo Perches Queiroz.
O tromboembolismo é um inimigo silencioso. Um distúrbio do sistema circulatório que ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo de sangue. A chance de uma trombose evoluir pra uma complicação nos pulmões é grande. "Geralmente os sintomas são dor, inchaço da perna, alteração de temperatura e cor. E no paciente internado, ocorre principalmente aumento de volume", explica o diretor clínico Claudinei Rezende
A doença é a principal causa de morte súbita entre pacientes que estão internados. Pesquisas mostram que 30% das pessoas que estão em tratamento nos hospitais desenvolvem a doença.
Margarino Souza, internado há dez dias, é um caso um pouco diferente. Ele já chegou ao hospital com uma trombose na perna direita, mas achava que era algo simples. "No começo senti só o vermelhão e o inchaço nas pernas, a dor era bem pouquinha", relata o paciente.
A trombose é um coágulo que pode chegar ao pulmão e virar uma embolia. Por isso, Margarino é considerado um caso de alto risco. Esta semana ele começou a receber um tratamento específico para prevenir uma complicação. No Brasil, mais de 120 hospitais adotam estratégias para tentar prevenir e reduzir a incidência do tromboembolismo venoso.
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