A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás confirmou que o bebê de cinco meses, suspeito de ter sido abusado sexualmente pelo próprio pai, morreu nesta quarta-feira após entrar em coma no Hospital Materno Infantil (HMI). Um exame comprovou que não se tratava de morte cerebral e o Instituto Médico Legal (IML) investigará a real causa da morte.
A criança deu entrada no hospital com diversas lesões pelo corpo e na cabeça. Ainda de acordo com a secretaria, o pai do bebê, Neivan Francisco Bulhões, 21 anos, está preso. Na tarde de ontem, a equipe da delegada Miriam Vidal Castilho, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia (a 15 Km de Goiânia), já estava com o mandado de prisão preventiva contra Bulhões.
A delegada Miriam disse que as suspeitas recaíram sobre o pai porque ele era a única pessoa que ficava com o filho durante o dia para a mãe trabalhar. Em depoimento prestado na segunda-feira, o homem apresentou duas versões para os ferimentos. Primeiro, disse que a criança caiu do sofá. Depois, afirmou que o bebê teria caído de um colchão, que estava no chão. Além disso, exames feitos no Instituto Médio Legal (IML) confirmaram a violência sexual.
"O exame da perícia disse que, conforme os ferimentos, essa explicação não é possível. Até porque tem uma lesão na testa, resultado de uma batida em uma quina, e na casa não há nada que explique isso", disse a delegada Miriam, para quem as contradições do depoimento de Neivan justificam a prisão.
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