Segundo José Carlos de Almeida Júnior, delegado que cuidou do caso, a transferência foi feita por precaução. “Um índio de outra etnia falou que ia invadir a delegacia e soltar os presos. Mas, nós conversamos com a Funai (Fundação Nacional do Índio) e eles ficaram tranquilos e vão esperar a aplicação da justiça”, explicou o delegado ao G1.
Ainda segundo o delegado, o inquérito já foi concluído e em breve os indígenas devem voltar para a cidade. “Creio que eles voltem porque foram transferidos momentaneamente”, disse. Os índios estão detidos atualmente no Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo presídio do Carumbé.
O caso
O cacique de 36 anos de uma aldeia indígena e outros dois índios da etnia Rikbatsa foram presos na semana passada por suspeita de matar um homem a facadas. Segundo informações da Polícia Militar do município, a vítima sofreu traumatismo craniano e hemorragia interna. O homem foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já em estado de coma, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo após chegar ao Pronto-Socorro.
Em depoimento à polícia, o cacique informou que estava em um bar na companhia de uma mulher, que recebeu uma ligação telefônica, supostamente do homem que foi assassinado, difamando os índios. Conforme relatos do líder indígena, a vítima teria atingido o outro índio no estômago usando uma faca, que reagiu dando-lhe golpes com taco de sinuca.
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