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Terça - 19 de Julho de 2011 às 07:18
Por: Raquel Ferreira

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A permanência de João Arcanjo Ribeiro no Presídio Federal de Campo Grande foi renovada e ele ficará em Mato Grosso do Sul (MS) até 24 de setembro de 2011, quando encerra mais um prazo concedido pela 5ª Vara da Justiça Federal do estado vizinho. Arcanjo foi transferido de Cuiabá em outubro de 2007. Esta é a terceira renovação de permanência, que estava vencida desde setembro do ano passado.

Inicialmente, cogitou-se a hipótese de realizar uma "permuta" entre Arcanjo e outro preso da Penitenciária Federal de Porto Velho, porém o juízo federal da 5ª Vara indeferiu o pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF). A defesa do "Comendador" tentou ainda várias manobras judiciais, todas sem sucesso, para trazê-lo de volta para a Penitenciária Central do Estado (PCE).

Ontem, a Justiça Federal de Campo Grande recebeu ainda cartas precatórias de audiências a serem realizadas na 3ª Vara Federal daquele estado. Os processos, conforme assessoria jurídica da 5ª Vara, são relacionados a crimes cometidos em Mato Grosso contra ordem financeira, mas a audiência será realizada em Campo Grande. As datas não foram divulgadas.

Arcanjo está preso desde 11 de abril de 2003, quando foi flagrado com documento falso no Uruguai e extraditado para o Brasil. Até hoje, as penas contra ele somam 19 anos e 4 meses. Porém, ele é acusado de ser mandante dos homicídios de Mauro Sérgio Benedito Manhoso, do jornalista Sávio Brandão, dos empresários Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy, além dos adolescentes Leandro Gomes dos Santos, Celso Borges e Mauro Celso Ventura de Moraes. Recentemente, Arcanjo também foi denunciado, junto com outras 5 pessoas, pela morte do vereador Valdir Pereira.

A queda do império de Arcanjo teve início com a morte do jornalista Sávio Brandão em setembro de 2002. Em dezembro do mesmo ano, a Polícia Federal deflagrou a operação "Arca de Noé", contra o jogo do bicho, resultando na fuga do homem que era apontado como o chefe do crime organizado em Mato Grosso.

Ao chegar em Mato Grosso, Arcanjo ficou preso na PCE, onde ocupou um cubículo do raio 5, considerado de maior segurança. A transferência dele para Mato Grosso do Sul ocorreu depois que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso deflagrou a operação "Arrego" e descobriu que ele continuava chefiando o jogo do bicho no Estado, de dentro da Penitenciária.


 




Fonte: A Gazeta

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