O leão Simba, que há seis anos vive em um zoológico desativado em Ivinhema, a 297 quilômetros de Campo Grande, pode ganhar um novo lar em São Paulo. Uma organização não-governamental entrou em contato esta semana com a prefeitura da cidade para oferecer habitat adequado em um rancho em Cotia, na região metropolitana de São Paulo.
O caso do felino ganhou repercussão em uma rede social na Internet, onde uma comunidade formada por mais de mil seguidores se mobilizou para encontrar um novo lar para Simba. A psicóloga paulista Fátima Nogueira, organizadora da comunidade, conta que o grupo tenta angariar recursos para fazer o traslado do felino. "A gente envelopa a jaula com o nome da pessoa que doou. Se não conseguir patrocínio a gente vai tentar que cada um vá contribuindo até conseguir o valor", diz.
A administradora do Rancho dos Gnomos, Sílvia Pompeu, disse ao G1 que há um recinto para felinos que ficou vago após a morte de uma tigresa. No local vivem 14 leões. Segundo ela, a entidade não tem condições de arcar sozinha com as despesas da transferência, e a ação depende de incentivos. "Precisamos de parceiros para ajudar a pagar as despesas do envio de veterinário, biólogo e um caminhão-guincho com motorista até o local. Além disso, um novo animal no rancho é uma boca a mais, precisa de comida, tratamento, medicamentos. Boa vontade sozinha não funciona", conta.
Simba, que segundo os tratadores está depressivo desde o ano passado, quando perdeu sua companheira, é um dos remanescentes do zoológico da cidade que foi fechado por falta de condições de funcionamento. A coordenadora de fauna do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Paula Mochel, explica que a remoção de Simba depende de aval do órgão, que atesta as condições sanitárias do local de destino e emite uma guia de transferência.
em 2010. (Foto: Divulgação/Ivinotícias)
O diretor da Fundação de Meio Ambiente de Ivinhema, Paulo César Tamanini, disse que na última semana a prefeitura recebeu vários contatos com sugestões de locais de destinação ao leão, mas aguarda um posicionamento do instituto. "Quem libera é o Ibama. Algumas pessoas estão tentando remover o animal, mas nada concreto", afirma.
Sílvia espera que o poder público demonstre boa vontade em auxiliar na liberação de Simba. "O Ibama cuida da parte burocrática. Como o animal está sob os cuidados da prefeitura, o município está tendo despesas. É preciso que haja interesse em resolver a questão", afirma.
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