Suposta filha de magistrada forja sequestro e estupro
Uma mulher que teria sido supostamente confundida com a filha de uma juíza da Cuiabá forjou o próprio sequestro e armação foi descoberta pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil. Ela relatou o crime no dia 14 de julho, o que deixou todo o Poder Judiciário alarmado, pois levantou-se a suspeita de que os filhos dos magistrados de Mato Grosso estariam correndo risco.
Diante de toda a pressão, após uma semana a farsa foi descoberta e divulgada nesta quinta-feira (21) pelo delegado Flávio Stringuetta e pela delegada Ana Cristina Feldner durante entrevista coletiva.
“O crime não ocorreu da forma que foi divulgado e nada do que ela disse aconteceu. Não aconteceram os abusos sexuais, físicos, financeiros e nem mesmo o sequestro”, afirmou a delegada.
Na ocorrência, a mulher relatou ter ficado cerca de 12 horas amarrada em uma casa na capital e teria sido estuprada pelos bandidos. Ela contou ainda haver armamentos pesados e pilhas de dinheiro na residência.
Foi então que ela informou que a tortura ocorreu para que ela confirmasse ser filha de uma juíza da capital, cujo o nome não foi revelado. Ela só teria sido solta após os bandidos confirmarem que ela não era o alvo.
Os motivos do crime ainda não foram revelados e a investigação ainda terá continuidade, no entanto, de acordo com Stringetta, era importante divulgar que o crime foi falso para acalmar a sociedade e o Poder Judiciário. Ele admitiu ter sofrido pressão para desvendar o crime em função de envolver magistrados.
Ainda de acordo com os delegados que apuram o caso, a mulher responderá pela farsa e poderá pegar de seis meses a um ano de detenção e multa. Ana Cristina destaca, porém, que apesar da pena branda ela perde a condição de réu primário e fica impossibilitada de participar de concursos ou outras ações que exijam a ficha criminal.
Comentários