Plano prevê US$ 224 bi
Como mudou a base cambial (de R$ 1,78 do plano anterior, para R$ 1,73 agora), em moeda nacional o orçamento caiu em quase R$ 10 bilhões. A venda de ativos e os cortes de projetos resultam do fato de a Petrobras estar impedida pelo governo de aumentar os preços da gasolina e do diesel, que representam 60% da venda de combustíveis pela companhia. Como também fracassou na tentativa de elevar os investimentos até 2015, ela tomou a decisão, embora não tenha revelado quais serão os ativos cortados.
Na primeira proposta, vetada pelo conselho, a Petrobras pleiteava investir US$ 268 bilhões. Para 2011, a Petrobras anuncia, a cinco meses do fim do ano, um reajuste para baixo dos investimentos, previstos no plano anterior em US$ 93 milhões e agora fixados em US$ 84,7 bilhões. Foram retirados do plano projetos equivalentes a US$ 10,8 bilhões e acrescentados novos projetos, no valor de US$ 32,1 bilhões. A maior concentração dos investimentos permanece no setor de exploração e produção. Eles passaram de 53% no plano anterior para 57% no atual. Os investimentos no pré-sal correspondem a 45% do valor orçado para exploração e produção no Brasil e cerca de 50% do montante reservado ao desenvolvimento da produção. Segundo a estatal, a participação do pré-sal na produção nacional de petróleo passará da estimativa de 2% em 2011 para 40,5% em 2020.
O Plano de Negócios 2011-2015 prevê a aplicação de US$ 213,5 bilhões (95% dos investimentos) em atividades desenvolvidas no Brasil e os restantes US$ 11,2 bilhões no exterior, em um total de 688 projetos (57% deles já autorizados para execução e implementação). "Os recursos adicionais necessários para o financiamento do plano serão captados exclusivamente através da contratação de novas dívidas junto às diversas fontes de financiamento que a companhia tem acesso no Brasil e no exterior, e não contempla emissão de ações", informou a Petrobras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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