"Trecho da morte" na Cuiabá-Chapada sem duplicação
Após quase dois anos do lançamento da obra milionária de duplicação da MT 251 (que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães), ainda não saiu do papel o trecho considerado mais "mortal" dos 17,2 km - do trevo de acesso ao distrito da Guia até a Fundação Bradesco, no Jardim Vitória, - apesar já ter sido licitado, contratado, de possuir licença ambiental e de o dinheiro já estar inclusive empenhado para a obra.
A Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana afirma que a obra não começou ainda porque foi necessário readequar todo o projeto original em função das intervenções urbanas que surgiram após o projeto inicial.
Essas ‘intervenções urbanas’ são desde condomínios residenciais que foram surgindo ao longo da rodovia, até a obra do Supermercado Atacadão, que ‘tomou’ parte da pista. Entre o que foi projetado inicialmente e o que deverá ser feito, há muitas alterações.
A duplicação da MT 251 foi licitada por trechos. O "trecho da morte" faz parte do montante de 17,2 quilômetros, cuja empresa vencedora, a Cavalca Engenharia, é detentora do contrato da execução.
O valor inicial previsto em contrato é de R$ 17,4 milhões, porém só será possível quantificar com precisão o novo valor da obra, após a conclusão da readequação do projeto. Calcula-se que ao menos quatro mil novos imóveis em condomínios fechados e comércios, deverão ser construídos ao longo da rodovia nos próximos anos.
Além do imbróglio relacionado à etapa que ainda nem começou a ser construída, a rodovia vem sendo alvo de investigações por já estar se deteriorando mesmo antes de sua conclusão e entrega ao governo do Estado.
O custo estimado para a obra nos três registros apresentados ao Crea/MT somam R$ 26,205 milhões, sendo que, para os 17,20 quilômetros que representam do trevo da Guia até o trevo do Manso, a obra estaria orçada em R$ 17,4 milhões.
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