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Cidades
Segunda - 22 de Agosto de 2011 às 18:38
Por: Ericksen Vital

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Ericksen Vital/G1
Os manifestantes devem permanecer dentro da superintendência até sexta-feira (26), como parte da mobilização nacional “V
Os manifestantes devem permanecer dentro da superintendência até sexta-feira (26), como parte da mobilização nacional “V

Cerca de 200 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) ocuparam nesta segunda-feira (22) as instalações da sede do Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária (Incra) em Cuiabá. Os manifestantes devem permanecer dentro da superintendência do órgão federal até sexta-feira (26), como parte de uma mobilização nacional do movimento “Via Campesina”, organização que busca apoiar a reforma agrária.

De acordo com o representante do MST, Genadir Vieira dos Santos, os trabalhadores reivindicam principalmente os assentamentos das famílias de agricultores. O movimento quer que sejam assentadas 60 mil pessoas em todo o Brasil e aproximadamente 1,5 mil em Mato Grosso. Uma das pessoas que espera ser assentada é dona Margareti Oliveira da Silva, de 50 anos. “Estamos há sete anos debaixo da lona, na região de Rondonópolis [a 210 km da capital] e gostaríamos de uma casa e um lugar que eu pudesse plantar e cuidar dos meus netos”, relatou a agricultora ao G1.

A assessoria de imprensa do Incra informou ao G1 que houve uma troca no comando do órgão, em Mato Grosso, e por este motivo ainda não foi possível se posicionar sobre o assunto e nem conversar com os manifestantes. O Diário Oficial da União desta segunda trouxe a exoneração de Willian Cesar Sampaio da superintendência regional. Valdir Mendes Barranco é o servidor que deve assumir o cargo.

Agricultora diz que assentamento não tem condições para abrigar famílias. (Foto: Ericksen Vital/G1)
Agricultora diz que assentamento não tem condição
para abrigar famílias. (Foto: Ericksen Vital/G1)

O líder do MST explicou também que o movimento busca conseguir mais assistência para as famílias que já estão acampadas. Segundo ele, a estimativa é de que haja no estado atualmente 4,5 mil famílias assentadas, mas cerca de mil estariam vivendo em locais sem a mínima estrutura. É o caso da agricultora Neuci Aparecida da Silva. Ela reclamou que o assentamento em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, não tem condições para abrigar as famílias. “Não tem estrutura. Só tem luz nos barracos de tábua e um pedaço de estrada de chão mal feita”, comentou.

Participam do movimento trabalhadores rurais das cidades de Cáceres, Sinop, Rondonópolis, Tangará da Serra e dos municípios da Baixada Cuiabana. Vieira dos Santos informou que durante a semana os integrantes do MST que estão acampados no Incra vão participar de outros atos em Cuiabá, entre eles, a passeata “Acorda Várzea Grande”, região metropolitana da capital, na próxima quarta-feira (24).
 





Fonte: Do G1 MT

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