Ao menos 87 caixas eletrônicos e bancos foram atacados por criminosos em 2011 no estado de Mato Grosso, conforme um levantamento divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Sindicato dos Bancários (Seeb-MT) que tem monitorado as ocorrências destes crimes. A última das 66 ações contra caixas registradas neste ano aconteceu na madrugada desta quinta, na capital Cuiabá. Ladrões usaram dinamites para explodir o terminal bancário.
Diante destes casos, o governo do estado estuda diminuir o número de caixas espalhados pelas cidades. Não deixar os caixas em locais expostos, mas sim próximos a unidades policiais é uma das medidas que pode ajudar a reduzir esses crimes. A opinião é do secretário estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, que na tarde desta quinta se reuniu com representantes dos bancários para discutir ações de segurança.
Curado também anunciou que o estado tem buscado aparelhar o setor de inteligência das polícias para evitar assaltos a bancos na modalidade que ficou conhecida nacionalmente como "Novo Cangaço", em referência às ações dos cangaceiros que levaram o terror às cidades do interior do Brasil no século passado. O secretário lembrou o último assalto a uma agência bancária no município de Campo Novo dos Parecis, a 397 km de Cuiabá. Clientes foram feitos reféns e a unidade foi roubada, mas, neste caso, os ladrões foram presos.
“Neste caso, realizamos ações da inteligência. Conseguimos evitar outros assaltos desta quadrilha. Este último, em Campo Novo dos Parecis, não conseguimos evitar. Mas depois do crime agimos de imediato dando respostas a isso”, comentou o secretário. A quadrilha, que foi presa dias depois, chegou a tentar roubar bancos em outras três cidades do interior do estado, mas, segundo o secretário, eles recuaram após o efetivo policial ser reforçado nesses municípios.
Ações como essas vão constar em um plano estadual que será entregue ao governador Silval Barbosa (PMDB), no próximo dia 20 de setembro. O relatório foi elaborado a partir das discussões entre funcionários dos bancos e o governo do estado.
O presidente do Sindicato dos Bancários, Arilson Silva, disse que as propostas podem evitar prejuízos e não expor clientes e os funcionários das instituições à violência das ações. Isso porque durante os assaltos, as quadrilhas costumam levar pessoas reféns e abandoná-las em estradas vicinais. Das instituições bancárias, Arilson disse que o Sindicato tem cobrado a instalação de biombos (divisórias) próximo aos caixas eletrônicos para evitar também os crimes conhecidos como "saidinhas de banco".
Comentários