Por seis votos a quatro, os vereadores decidiram em audiência pelo afastamento. O que motivou a ação foram denúncias de desvio de verbas e de fraude em licitação. “A investigação durará 180 dias. Nesse período, assumo a Prefeitura”, disse o vereador Teixeira ao G1 por telefone.
Procurada, a assessoria da Prefeitura disse não tera recebido, até as 17h, a informação do afastamento. Anabel assumiu o cargo em dezembro de 2010, após o assassinato a tiros do então prefeito, Braz Paschoalin.
No começo de agosto, a Justiça determinou que a Polícia Civil instaurasse um novo inquérito para apurar a eventual participação de Anabel no homicídio. “Eu tenho uma certeza absoluta na minha vida: por mim, o Braz estaria aqui”, disse ela, na ocasião.
O desembargador Amado de Faria determinou a instauração do um novo inquérito a pedido da Procuradoria-Geral de Justiça. O Ministério Público disse que, após a análise de elementos colhidos na investigação que deu origem ao processo criminal contra várias pessoas pela morte de Paschoalin, já em andamento, a Câmara Especializada de Crimes de Prefeitos, da Procuradoria-Geral de Justiça, requisitou a investigação também da prefeita.
“Eu não tive acesso ao processo. Então, eu não sei explicar no que eles estão se baseando. Você percebe nitidamente interesse político de quem quer assumir. Se acharam por bem eu ser investigada, vamos investigar, porque eu estou com a minha consciência tranquila”, afirmou a prefeita. Ela disse que teme pela própria vida. “Agora, eu não acredito que haja sanidade mental para não se fazer alguma coisa contra minha vida.”
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