De janeiro a julho deste ano, 365 postes foram derrubados em acidentes de trânsito em Mato Grosso, o que dá uma média de quase dois postes derrubados por dia. Em muitos casos, esses acidentes são fatais. Na semana passada, duas pessoas morreram em Cuiabá e uma ficou ferida em acidentes desta natureza.
Um dos casos mais recentes ocorreu na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), no feriado de 7 de setembro, quando um motorista perdeu o controle do automóvel em uma curva e bateu em um poste. O veículo foi parar em uma mureta de proteção perto de um córrego no bairro Araés, em Cuiabá. O motorista morreu na hora.
No mesmo feriado, outro motorista também se envolveu em um acidente com um poste, na Avenida Miguel Sutil. Ele é aluno do Exército e também perdeu o controle da direção do veículo em uma curva, próximo ao viaduto que dá acesso à rodoviária. Neste caso, no entanto, a vítima ficou presa nas ferragens mas sobreviveu.
(Arte: Marcus Aurélio/G1)
Estatística perigosa
Em Cuiabá, nos sete primeiros meses deste ano foram registradas 39 colisões em postes. O número está bem próximo do total de ocorrências do ano passado, quando ocorreram 44 colisões. Os acidentes mais frequentes envolvendo postes foram registrados nas principais avenidas da capital: Miguel Sutil, Fernando Corrêa da Costa e Historiador Rubens de Mendonça (CPA).
Em Mato Grosso, no mesmo período deste ano, segundo a concessionária, 365 postes foram derrubados, o correspondente a uma média de 1,7 poste por dia. Já no ano passado, 657 postes de energia foram derrubados no estado de janeiro a julho.
Ao G1, o coordenador de manutenção da concessionária, José Carlos Sigarine Lopes, avalia que a maioria dos acidentes ocorre em função da alta velocidade dos motoristas. “A maioria das colisões ocorre por volta das 5h da manhã, principalmente quando há grandes eventos na cidade, como shows, por exemplo”, informou.
De acordo com o coordenador, um poste demora aproximadamente quatro horas para ser substituído. Enquanto a nova estrutura é colocada, os moradores da região sempre ficam sem energia. Já o assistente de diretoria da concessionária, José Antônio Bariani, divulgou que o custo médio de cada poste danificado é de R$ 1,2 mil e varia de acordo com a estrutura. “Se for um poste de transformação, de sustentação e alimentação de energia, a tendência é que o valor aumente”, frisou.
Custos
Ao ser identificada a placa do veículo que derrubou o poste ou o nome do condutor, o valor do serviço é encaminhado integralmente para que o motorista faça o ressarcimento. “Quando alguém colide com um poste, fazemos o boletim de ocorrência, tiramos foto, identificamos o motorista e o valor é passado integralmente à pessoa”, exemplificou o assistente. No entanto, de acordo com a concessionária, o pagamento pela troca do poste acontece em apenas 30% dos casos.
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