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Saúde
Sexta - 16 de Setembro de 2011 às 20:36

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 Mulheres têm três vezes mais chances de desenvolver distúrbios da tireoide entre 30 e 40 anos, principalmente o hipotireoidismo. Nesse caso, a glândula tireoide – que tem a forma de uma borboleta e está localizada logo abaixo daquela saliência conhecida como “pomo-de-adão” – passa a apresentar redução na quantidade de hormônio tireoidiano (T3 e T4), comprometendo diversas funções do organismo. Um diagnóstico preciso é fundamental para garantir melhor qualidade de vida aos pacientes.

Fadiga, enfraquecimento das unhas, queda acentuada de cabelo, sonolência, ganho de peso, constipação e dor no corpo são alguns dos sintomas da doença, que variam de pessoa para pessoa. Algumas chegam a apresentar depressão e perda de memória. Com tantas manifestações distintas, somente um diagnóstico acertado poderá controlar o problema.

De acordo com Osmar Saito, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, a doença pode ser diagnosticada por um simples exame de sangue em que são realizadas as dosagens dos hormônios tireoidianos T3 e T4, além do TSH – hormônio produzido pela hipófise e que estimula a tireoide a produzir seus hormônios. Também poderá ser solicitada a dosagem de auto-anticorpos. Entretanto, quando o médico clínico ou o endocrinologista suspeitar da presença de nódulos, poderá surgir a necessidade da realização de exames complementares, como ultrassonografia, cintilografia ou mesmo uma biópsia.

Em 97% dos casos, a presença de um nódulo na tireoide não significa que a pessoa esteja com câncer. A doença é detectada, geralmente, em 3% dos nódulos de tireoide. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse tipo de câncer tem baixa ocorrência e costuma apresentar ótima evolução. Entretanto, pacientes com história de irradiação prévia na região do pescoço ou com histórico de doença tumoral tireoidiana na família deverão ser submetidas a uma pesquisa clínico-laboratorial e exames de imagem mais minuciosos.

Na opinião dos especialistas, como o Brasil tem proporções continentais e nem todos os centros diagnósticos podem contar com equipamentos de ponta e operadores bem treinados, há casos em que é preferível se concentrar nas características apresentadas pelo ultrassom para tentar selecionar os nódulos com risco aumentado para câncer.

“O sucesso do médico que realiza a ultrassonografia da tireoide está na realização desse procedimento com equipamento sensível e transdutor de frequência apropriada. Além disso, é fundamental ter plena consciência da história clínica da paciente e do que procurar durante o exame, utilizar a técnica corretamente, produzir boa documentação fotográfica e descrever as alterações significativas no corpo do laudo, principalmente os critérios necessários para análise do risco do nódulo tireoidiano. Esses passos certamente beneficiarão a paciente, bem como irão satisfazer as dúvidas e anseios do médico solicitante do exame”, diz Saito.

Fonte: Dr. Osmar Saito, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo. (www.cdb.com.br)
 






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